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 | 14/09/2007 17h21min

Fia diz que Alonso e De la Rosa receberam informações confidenciais da Ferrari

Federação do automobilismo divulgou um documento de 14 páginas comprovando a fraude

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) afirmou hoje que entre os motivos que a levou a punir a McLaren na última quinta estavam alguns e-mails dos pilotos espanhóis Fernando Alonso e Pedro De la Rosa que "mostram inequivocamente que ambos receberam, por meio do projetista Mike Coughlan, informações confidenciais da Ferrari. Em um documento de 14 páginas, a FIA diz que tanto Alonso como De la Rosa "sabiam que as informações da Ferrari eram confidenciais" e que foi Nigel Stepney, ex-engenheiro da escuderia italiana, quem passou estes dados para Coughlan.

A Fia também afirma que "no dia 21 de março de 2007 De la Rosa escreveu para Coughlan nos seguintes termos: Olá Mike. Sabe qual é a configuração de pesos dos carros vermelhos? Seria importante para nós saber isto para que possamos testar no simulador. Obrigado de antemão. Pedro".

Além disso, a FIA apresenta outro e-mail de Pedro de la Rosa, enviado no dia 25 de março de 2007 para Fernando Alonso e no qual o informa da distribuição de pesos que a Ferrari usou em seus dois carros no GP da Austrália, a primeira corrida da atual temporada. Segundo a FIA, "Alonso respondeu a esta mensagem no dia 25 de março. O texto incluía uma seção chamada Ferrari na qual Alonso diz: Sua configuração de pesos me surpreende. Não sei se é 100% confiável, mas pelo menos nos deixa de sobreaviso.

A FIA diz que De la Rosa respondeu a Alonso no mesmo dia com o seguinte texto: "Toda a informação da Ferrari é muito confiável. Procede de Stepney, seu ex-chefe de mecânicos. Agora não sei em que posto está. É a mesma pessoa que nos disse na Austrália que Kimi Raikkonen ia parar na volta 18. É muito amigo de Mike Coughlan". A federação afirma que no depoimento de De la Rosa, o piloto espanhol "confirma que Coughlan respondeu à mensagem com detalhes precisos da configuração de pesos da Ferrari".

Em seu relato da última quinta no Conselho Mundial, De la Rosa disse diante desta informação que ficou claro que as configurações de pesos dos carros das duas equipes eram tão diferentes, o que não permitiu a realização de um teste no simulador. Além disso, declarou que esta informação não lhe pareceu importante.

A FIA, em suas explicações, diz que estranha que De la Rosa, que é um piloto de testes, tome por si mesmo uma decisão desta natureza e que considere como não importante a informação recebida, quando dias depois esteve conversando sobre a mesma com Alonso. O chefe de engenheiros da McLaren, Paddy Lowe, afirmou, em seu depoimento da última quinta para a FIA, que "este tipo de decisões envolvem um grande número de engenheiros, assim como vários membros da equipe".

A FIA acrescenta que "a informação dada por De la Rosa deixa claro que não houve rejeição ou dúvidas sobre a possibilidade de realizar testes com a informação da Ferrari para obter um possível benefício".

A FIA também afirmou que na mesma mensagem que De la Rosa enviou a Alonso no dia 25 de março, o primeiro disse que sua equipe "testou um aerofólio traseiro flexível que é uma cópia do sistema usado pela Ferrari", e se refere a um gás usado pela equipe italiana para encher os pneus de seus carros, mas que mantém a temperatura baixa. Por outro lado, Alonso disse que "é muito importante a McLaren usar o mesmo gás da Ferrari". "Esperemos poder usá-lo nos testes e que façamos disto uma prioridade", declarou o espanhol.

A FIA também assegura que De la Rosa e Alonso falaram por e-mail do sistema de freios da Ferrari e das estratégias desta equipe nos boxes.

EFE

 

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