| 20/08/2007 11h29min
O secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, José Francisco Mallmann, pretende incluir o entorno dos estádios gaúchos na Lei Seca. Uma comissão deve apresentar o projeto hoje ao governo, como parte das medidas para diminuir a violência e a criminalidade no Estado.
Conforme Mallmann, a idéia é restringir a venda de bebidas alcoólicas em um perímetro de um quilômetro dos estádios, em dias de jogos. A proibição começará duas horas antes da partida e terminará uma hora após o apito final do árbitro. Além dos bares, os ambulantes também serão afetados pela medida.
– Mas de nada vai adiantar se os clubes permitirem a venda dentro dos estádios – assinala Mallmann.
O secretário lembra que o governo não pode impedir as agremiações de vender bebidas alcoólicas na parte interna dos estádios, já que são propriedades privadas. Pelo mesmo motivo, a Brigada Militar irá chamar representantes da dupla Gre-Nal para uma reunião nesta semana. Na pauta, a cobrança do policiamento no interior das praças de jogos.
– Estamos fazendo algo que não poderíamos fazer – afirma Mallmann.
Conforme o secretário, já existe taxa para o policiamento, mas os clubes ingressaram na Justiça para contestar o pagamento. O custo seria de aproximadamente R$ 10 por hora de trabalho de cada policial - em grandes jogos, o valor chegaria perto de R$ 20 mil.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, ontem, o assessor especial Luiz Moreira, do Grêmio, afirmou que o policiamento grátis tem garantia de liminar na Justiça. Para o vice de administração do Inter, Décio Hartmann, a despesa extra com a Brigada Militar poderia comprometer times do Interior.
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