O Gil Vicente, rebaixado pela Liga portuguesa por ido à Justiça comum pela escalação irregular de um jogador, decidiu não aparecer no Estádio da Luz para enfrentar o Benfica, mas manifestou sua intenção de exigir à Justiça responsabilidades e uma indenização.

O presidente do clube de Barcelos, Antônio Fiuza, disse que comunicará o fato ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa, que ordenou a permanência do Gil Vicente na primeira divisão e a realização da partida deste domingo, pela primeira rodada do Campeonato Português.

Em frente ao hotel de Lisboa onde a equipe estava concentrado, Fiuza leu um comunicado em que o clube disse que retornaria a Barcelos, mas viajou à capital porque estava convencido de que a Liga mudaria de idéia.

O presidente assegurou que pedirá uma indenização à Liga pelos gastos da viagem até Lisboa.

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou uma reunião de caráter extraordinário para a próxima quarta-feira para analisar o caso e quer chegar a uma solução até o início da segunda rodada, prevista para 10 de setembro.

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa ordenou suspender a decisão que rebaixava o Gil Vicente à segunda divisão. Ontem, a Fifa deu instruções à FPF para abrir um processo disciplinar contra a equipe por isso.

Além disso, a FPF decidiu suspender o clube de todas as competições nacionais, impedindo-o de disputar jogos oficiais desde ontem.

A polêmica surgiu quando o Gil Vicente utilizou o atacante angolano Mateus, cuja inscrição fora negada pela liga. O clube denunciou a federação a instâncias judiciais administrativas para conseguir sua participação - algo que é proibido, e castigado com o rebaixamento.

Depois de a máxima instância esportiva considerar que o Gil Vicente devia ser rebaixado, o clube apresentou uma medida cautelar ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa para jogar na primeira divisão e impugnar a competição desta temporada.

AGÊNCIA EFE