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 | 05/01/2006 00h46min

Governo palestino diz que doença de Sharon não trará mudanças

Primeiro-ministro sofreu cirurgia e está em estado grave

O vice-primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Nabil Shaath, disse nesta quinta que a situação não mudará em Israel até a realização das eleições gerais em 28 de março. A declaração ocorreu depois da operação cirúrgica à qual foi submetido o primeiro-ministro, Ariel Sharon.

– Inclusive se Sharon não puder se levantar da cama e não estiver à frente do governo seu vice-primeiro-ministro, Ehud Olmert, assumirá o cargo temporariamente até a realização do pleito –, assegurou Shaath.

Para o vice-primeiro-ministro palestino, não há outro líder insraelense como Ariel Sharon, "embora as idéias de Olmert sejam muito próximas às dele", disse Shaath.

Yasser Abed Rabbo, membro do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), afirmou que Sharon sempre esteve determinado a utilizar mão forte contra os palestinos, contrariamente a outros líderes hebraicos, e o acusou de tentar "destruir a liderança palestina e impor suas soluções unilaterais".

Osama Hamdan, um destacado líder da organização islâmica Hamas, declarou que a ausência de Sharon pode influenciar na realização das eleições legislativas nos territórios palestinos previstas em janeiro e "afetar negativamente o processo de paz" com Israel.

Os grupos radicais palestinos, e sobretudo a organização guerrilheira Jihad Islâmica, manifestaram sua alegria pela hemorragia cerebral forte que ameaça a vida de Ariel Sharon.

– Tem que ir para o inferno. É um dos tiranos que executou sangrentos massacres contra os palestinos – declarou Anwar Abu Taha, um destacado líder da Jihad Islâmica.

Segundo Abu Taha, com ou sem Sharon, "a Jihad Islâmica está determinada a continuar a luta armada até que o povo palestino obtenha seus legítimos direitos".

AGÊNCIA EFE
 

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