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 | 19/11/2005 18h02min

Tricolor derrota o Santa Cruz por 2 a 0

Time precisa de apenas um empate contra o Náutico para voltar à elite

Ficou tudo para o dia 26 de novembro. Tudo para Recife. O Grêmio fez a sua parte. Derrotou o Santa Cruz por 2 a 0 neste sábado, dentro de um Olímpico lotado. Lipatin e Marcel assinalaram os gols do time de Mano Menezes. Entretanto, a festa programada para a volta à Série A foi adiada. No outro jogo, o Náutico, fora de casa, derrotou a Portuguesa por 2 a 0. Desta forma, o tricolor precisa de um ponto para retornar à elite nacional.

Tudo na vida do Grêmio é sofrido. Foi sempre assim nas grandes conquistas. E agora, para voltar a disputar a Primeira Divisão, torcida, comissão técnica e jogadores irão sofrer novamente. O sofrimento é maior, pois é fora de casa a última partida do Grêmio no quadrangular final da Série B. É em Recife, contra o Náutico, que parecia morto, mas ao derrotar a Portuguesa hoje por 2 a 0 virá com tudo para cima do tricolor. Aliado a isso, dirigentes da Federação Pernambucana de Futebol ameaçam a delegação gremista. As declarações foram dadas em São Paulo, após o jogo contra a Portuguesa. Foguetório, vestiário fechado, falta de água, e impedimento de acesso ao campo antes do começo do jogo serão alguns dos obstáculos do Grêmio, além do veloz e perigoso time do Náutico que a equipe terá que suplantar para subir à Série A.

Mas hoje, dentro do campo, a equipe começou com ímpeto e força para não adiar nada e comemorar no Olímpico o retorno à elite. Nos primeiros minutos, o time de Mano Menezes impôs um ritmo alucinante. Logo a um minuto, depois de um bate-rebate na pequena área do Santa Cruz, o capitão Sandro Goiano chutou forte. A bola bateu na trave. No rebote, Pereira bateu e Valença, de carrinho, salvou. O estádio era um caldeirão.

Porém, o Santa Cruz, time chamado de cobra-coral, quase deu o bote nos contra-ataques. Aos oito minutos, Rosembrick, de fora da área, mandou uma paulada à meia-altura. Galatto fez grande defesa, espalmando.

O lance acalmou os jogadores e a torcida. Com isso, a equipe pernambucana se fechou. O time gaúcho trocava passes, tentava o lance pelos flancos, mas nada surtia efeito. Restava a bola alta. E o Grêmio passou, então, a levantar toda e qualquer bola para a área. Os jogadores se cansavam de subir na tentativa de acertar o cabeceio. E a torcida de levantar-se para comemorar o gol, que estava longe.

O Santa Cruz é que esteve perto. Aos 22, a equipe de Givanildo assustou em outro chute da intermediária. Andrade mandou no ângulo esquerdo. Novamente Galatto salvou. O goleiro se esticou e colocou para escanteio. O Grêmio deu o troco aos 32. Num dos tantos levantamentos para a área, Pereira cabeceou no canto. Cleber evitou o gol.

No retorno para o segundo tempo, Mano Menezes não efetuou trocas. Assim como a história do jogo não sofreu alterações. O Grêmio iniciou amassando os pernambucanos. A equipe explorava os lados do canto em busca de uma melhor posição para o cruzamento. E de tanto martelar, o gol saiu. Aos 10 minutos, Sandro Goiano cobrou falta da intermediária e o atacante Lipatin desviou, com um simples toque, para o fundo das redes: 1 a 0. O Olímpico explodiu em felicidade.

O gol animou os jogadores. O time avançou para cima do Santa Cruz na base da empolgação, é verdade. Nada de jogada trabalhada.

Empolgação que se viu concretizada aos 26 minutos. Ricardinho levantou para dentro da área e Marcel, de costas para o gol, colocou no ângulo: 2 a 0. Daí em diante, o time se defendeu, tocou a bola lateralmente e esperou o apito final. Os jogadores nitidamente passaram a se poupar. Escolha acertada. Afinal, ainda resta a batalha de Recife contra o Náutico no próximo sábado para pôr fim ao sofrimento da alma gremista.

RODRIGO CELENTE
 

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