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 | 10/02/2012 11h32min

Formosa do Sul, no Oeste de Santa Catarina, sofre com a falta de água

Rio que abastece o município não consegue encher o reservatório

Juliano Zanotelli  |  juliano.zanotelli@rbsonline.com.br

O Rio João Emílio que abastece Formosa do Sul está baixo e não consegue mais encher o reservatório de água da cidade. Com essa situação, a primeira medida da prefeitura foi racionar o fornecimento de água. Agora a população urbana recebe água das 6 horas até as 16h. Segundo o prefeito Jorge Comunello, esse período pode ficar ainda mais curto caso não chova significativamente nos próximos dias. Em Santa Catarina, há 86 decretos de emergência devido a estiagem.

— Estamos procurando poços que possam ajudar a manter o nível dos reservatórios. Mas por enquanto a palavra de ordem é economizar — disse o prefeito.

A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) prepara uma medida emergencial.

— Será feito um convênio entre a companhia, prefeitura e Corpo de Bombeiros para buscar água do Rio Chapecó, que fica a 25 Km do centro da cidade, para suprir a demanda — explica o superintendente regional da Casan, Ésio Bordignon.

Devem ser realizadas oito viagens para levar aproximadamente 150 mil litros de água do Rio para a estação de tratamento. O transporte deve iniciar somente na próxima segunda-feira, pois o caminhão que fará o transporte vem da Defesa Civil do Estado.


Água para os animais

As sete comunidades do interior de Formosa do Sul também sofrem com a falta da água. A prefeitura faz o transporte de água do Rio Ouro para propriedades que possuem aviários, chiqueiros ou rebanho leiteiro. São dois caminhões que transportam cerca de 10 mil litros a cada viagem.

As perdas na produção do milho passam de 50%. Para o secretário de Agricultura, Rinaldo Segalin, agora a preocupação dos agricultores é aproveitar o produto para fazer silagem.

— Mesmo assim não será uma silagem de qualidade — comentou.

Outra preocupação é na produção leiteira, já que as pastagens estão secas e os agricultores precisam comprar ração para manter a alimentação dos animais o que deve aumentar o custo de produção – segundo o prefeito.  Ele disse ainda que os prejuízos estão sendo levantados.

O município recebeu quatro kits, com quatro caixas de cinco mil litros e duas motobombas, da Defesa Civil, para auxiliar na distribuição de água.

DIÁRIO CATARINENSE
 
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