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 | 01/02/2012 21h41min

Sem chuva, situação se complica no Oeste de Santa Catarina

Umidade está baixa e segue previsão de calor na região, conforme Epagri

Juliano Zanotelli  |  juliano.zanotelli@rbsonline.com.br

Enquanto no Litoral a onda de calor é motivo de alegria para turistas e veranistas, no Oeste do Estado a notícia trouxe ainda mais preocupação. A região sofre com uma forte estiagem desde novembro, que provoca perdas nas lavouras e deixa milhares de moradores sem água na torneira. São 86 municípios em situação de emergência.

Uma frente fria, que traria a chuva para o Oeste está na Argentina e não consegue chegar na região devido a uma massa de ar quente localizada sobre o Estado. Segundo o observador meteorológico da Epagri de Chapecó, Roque Sulzbacher, a umidade está baixa e segue a previsão de calor na região.

— Podem acontecer chuvas isoladas, mas a umidade está baixa, perto dos 46%. Para chover precisaria estar em 70% — explicou.

1,5 mil pessoas afetados

Uma das situações mais críticas é em Planalto Alegre, que encaminhou um ofício para a Defesa Civil solicitando o envio de 50 mil litros de água potável por dia e kits de distribuição de água. São 1,5 mil pessoas afetadas.

— Só assim poderemos manter o atendimento normal — afirma o prefeito em exercício Sadi Dallacorte.

O gerente de operação e assistência da Defesa Civil, Fabiano de Souza, acredita que deve ser encaminhado um kit com quatro tanques de 5 mil litros para armazenamento de água, duas motobombas, conjunto de acessórios e água engarrafada em vasilhames de 5 litros.

— Os materiais devem ser encaminhados a partir da semana que vem — completou.

Enquanto a ajuda não chega, os moradores se viram como podem. A aposentada Tereza Klaus mora com o marido em uma casa no centro da cidade, e como fica em um lugar alto, a água potável vem em pouca quantidade. E quando vem, Tereza aproveita para armazenar no tanque e em panelas.

— Sem luz até dá para ficar, mas sem água não tem como — comentou a aposentada.

Situação complicada no interior

No interior a situação é ainda mais complicada. Muitas propriedades estão sem acesso à água potável. E o recurso existente serve apenas para tratar os animais.

— Estamos sem água desde domingo — contou o agricultor Valdemar Voiticoski, que mora na Linha Caroba. Ele tem três caixas d´água na propriedade, mas as três estão vazias.

Doze famílias da Linha Caroba buscam água na casa da agricultora Iracema Chiarello. A água que vem de uma fonte natural, que consegue manter o nível de 30% da caixa de 20 mil litros.

— Uso dessa água apenas para beber e comer. Para lavar roupa e limpar a casa utilizo a água do Lageado dos Porcos — disse.

Sirli Freitas / Agencia RBS

Iracema Chiarello distribui água para os vizinhos
Foto:  Sirli Freitas  /  Agencia RBS


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