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 | 25/01/2012 20h20min

Blumenau será uma das sedes do 1º Festival do Audiovisual Catarinense

Evento exclusivo para produções catarinenses será de 19 a 21 de abril

Daniela Pereira  |  daniela.pereira@santa.com.br

Blumenau foi escolhida para sediar mais um evento envolvendo a sétima arte. Deste vez, será uma das três sedes do 1º Festival do Audiovisual Catarinense (Faça), junto com Lages e Florianópolis. A escolha de Blumenau, segundo o coordenador do festival, Guto Lima, é por acreditar no potencial da cidade para receber eventos desse porte, tanto em relação ao público quanto à produção local, que vem crescendo nos últimos anos. A intenção dos organizadores é contribuir para a formação da comunidade, de profissionais locais e estimular a produção audiovisual de Blumenau e região.

Por aqui, os curta-metragens produzidos por catarinenses nos últimos anos poderão ser vistos de 19 a 21 de abril, justamente antes do início do 1º Festival de Cinema de Blumenau, que ocorre de 22 a 27. Este festival dará prioridade à produção catarinense de curta-metragens. Os produtores interessados em inscrever os trabalhos tem até 3 de fevereiro. As inscrições podem ser feitas pelo site www.faca.art.br, que tem também todo o regulamento.

Entre as regras estão que os filmes devem ter no máximo 25 minutos de duração, podem ser de qualquer ano, não precisam ser inédito e podem ser em formato digital ou película.  O festival também é competitivo. Serão contempladas quatro categorias: melhor ficção, melhor animação e melhor documentário, eleitos pelo júri oficial, e melhor curta, eleito pelo júri popular. Cada um dos premiados receberá R$ 5 mil. A relação dos selecionados será divulgada no dia 2 de março.

O Faça é uma realização da Exato Segundo Produções Artísticas em parceria com a Alquimídia.org e tem o apoio institucional da Cinemateca Catarinense e do Fundo Municipal de Cinema de Florianópolis (Funcine), a colaboração da Vantuta Impressões e da Hemisfério Criativo, e o patrocínio da Secretaria de Estado do Turismo, Cultura e Esporte e do Funcultural. 

O coordenador e produtor do Faça, Guto Lima, conversou com o Santa sobre a iniciativa de fazer o festival, a crescente produção audiovisual em todo o Estado e a ampliação do mercado, com novas produções e patrocinadores. Confira a entrevista:

Jornal de Santa Catarina - De onde surgiu a ideia deste festival?
Guto Lima -
O Festival nasce de uma demanda crescente da produção audiovisual no estado. Já temos diversos eventos como Mostras e Festivais, mas nenhum com o perfil do Faça: exclusivo da produção catarinense, com premiações expressivas em dinheiro, que não exija ineditismo e nessa primeira edição com inscrições abertas a qualquer ano de produção das obras. A ideia foi um desdobramento natural de um outro trabalho que já produzimos faz muitos anos, que é a Mostra de Vídeos Catarinenses. Pelo Catavídeo já sentíamos, faz alguns anos, que precisávamos pensar em uma nova janela, um pouco mais pretensiosa e que aproximasse todos os realizadores de Santa Catarina em uma saudável competição anual. 
 
Santa - Você acredita que tem muita gente produzindo curtas no Estado que justifique um festival?
Lima -
Sim. Acredito. Tenho certeza que nossa produção vem crescendo a cada ano e por diversos fatores diferentes. Facilidade de acesso aos meios de produção (como câmeras, ilhas de edição, softwares...), os cursos superiores de cinema existente no estado, cursos técnicos, internet, editais do governo do estado e do governo federal, Leis de incentivos ..isso tem democratizado a produção e estimulado um número cada vez maior de pessoas a produzirem. Inclusive creio que o audiovisual é a grande área cultural de convergência de todas as outras, seja como suporte, registro ou linguagem. Então essa produção está passando por um momento de quantidade na qual acaba também se sobressaindo a qualidade. De toda forma queremos a participação de produções menos recentes e que fazem parte da nossa cinematografia.
 
Santa - Qual a expectativa da organização em relação às inscrições? 
Lima -
A expectativa é grande. Queremos que possamos ter a participação das mais diversas regiões do estado. Ter a participação de filmes conhecidos, mas também ter a oportunidade de descobrir novas obras ou curtas que estavam nas gavetas por falta de oportunidades de serem exibidos. Creio que podemos ter algo como 200 curtas-metragens inscritos.
 
Santa - Dos trabalhos/autores que você conhece, tem algum que gostaria de ver no festival, uma vez que os trabalhos não precisam ser inéditos?
Lima -
Sim. Diversos. Poderia listar pelo menos uns 30, mas acabaria cometendo o equivoco de esquecer algum. De toda forma é importante que os novos realizadores também apareçam e queiram mostras seu trabalho. Essa troca é um dos objetivos do Faça.

Santa - Como você vê o desenvolvimento/crescimento das artes visuais em Santa Catarina? Como está o apoio privado e público para a produção audiovisual?
Lima -
Vejo com grande entusiasmo. Há um mercado em formação. E a cada passo dado, mesmo que lentamente, avançamos em direção a uma profissionalização cada vez maior do setor. Temos uma organização muito forte através de entidades estaduais como Sintracine, Santacine e Cinemateca Catarinense. Localmente também, em diversas regiões, a organização local tem mostrado a força dos realizadores: Cinelo em Chapecó, Acinerj em Joinville e o pessoal de Lages também está organizado. Faz parte do amadurecimento do processo a organização política da classe. As Leis Municipais e seus respectivos conselhos de cultura tem possibilitado o surgimento de diversos realizadores em todo o estado. O edital de cinema do Governo do Estado e o Funcultural são mecanismo que tem potencializado tanto a produção quanto a difusão do quem vem sendo produzido. 

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