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 | 25/01/2012 08h12min

Assalto na rodoviária de Blumenau expõe problemas de segurança e estrutura

Possível projeto de revitalização será decidido no fim de fevereiro

DANIELA PEREIRA  |  daniela.pereira@santa.com.br

Correção: Diferentemente do que informou este site na reportagem "Assalto na rodoviária de Blumenau expõe problemas de segurança e estrutura" (24/1/2012 - 22h25min), o assalto ocorreu segunda-feira e não quinta-feira. O texto original já foi corrigido.

Um assalto ao guichê da Auto Viação Catarinense na madrugada de segunda-feira terminou com um prejuízo de R$ 300 e quatro funcionários assustados após serem rendidos pelos três bandidos. O roubo é mais um episódio a expôr a vulnerabilidade do Terminal Rodoviário Hercílio Deeke, em Blumenau, que acumula goteiras, bancos quebrados, sujeira e reclamações dos usuários.

O gerente da filial da empresa em Blumenau, Rainer Seibel, preferiu que eles não falassem sobre o crime, inclusive para que possam esquecer aquele começo de semana.
— Casos como este não são frequentes, mas o temor é constante. Nos sentimos sempre suscetíveis — lamenta Seibel.

Prestes a completar 32 anos, em 4 de fevereiro, a rodoviária não tem câmeras de vigilância, que facilitariam a identificação dos assaltantes, e nem segurança privada para evitar a ação dos bandidos.

O capitão Evandro Fior da Cruz, do 10º Batalhão de Polícia Militar, garante que a corporação faz a parte dela, com rondas de rotina e policiamento ostensivo em dias de maior movimento, como finais de semana e feriados prolongados.
— Por ser um local aberto, onde circulam não só usuários dos ônibus, a sensação de insegurança acaba sendo maior, apesar do número de ocorrências ser bem baixo — explica Fior da Cruz.

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Os taxistas que trabalham dia e noite na rodoviária acreditavam que depois do homicídio do ano passado, no qual Eurico Emílio da Silva Narciso, 29 anos, foi morto a facadas, haveria alguma mudança.
— Aqui a segurança é zero. Mas a questão não é só essa, a rodoviária está jogada, sem estrutura. Tem goteiras no telhado, o banheiro virou um criadouro de mosquitos — afirma o taxista Eduardo Kasuke.

As turistas baianas Conceição Andrade e Zenailde Santos Gomes ficaram surpresas com a falta de segurança:
— A primeira coisa que se vê na rodoviária de Salvador é o pessoal que cuida da proteção do espaço e das pessoas — conta Conceição, reclamando também da falta de restaurante no prédio.

Presidente do Seterb, órgão responsável pela rodoviária, Rudolf Clebsch reconhece os problemas de infraestrutura e segurança, mas acredita que só um projeto resolveria: 
— Temos câmeras na cidade que não evitam os assaltos. Com a segurança privada ocorre o mesmo, muitas empresas têm e são assaltadas da mesma forma.

Futuro da revitalização será definido no fim de fevereiro

A previsão é de que o futuro do Terminal Rodoviário Hercílio Deeke comece a ser revisto no fim de fevereiro, quando será definido se há orçamento para contratar, ainda este ano, a empresa que fará o projeto executivo de revitalização da rodoviária.
— A decisão depende de ajustes no orçamento. O levantamento inicial indica que serão necessários R$ 300 mil — explica o presidente do Seterb, Rudolf Clebsch.

O projeto arquitetônico, que definiu o layout da estrutura, está pronto desde 2010 e foi feito com base em rodoviárias já concedidas à iniciativa privada.

Esta medida foi tomada porque, caso o município não tenha condições de pagar a reforma, o Seterb não descarta a possibilidade de privatizá-la. Algumas características originais, como o concreto aparente, permaneceriam.

Porém, a ideia é ganhar em conforto. A área de embarque e desembarque dos passageiros será fechada com vidros, evitando a exposição dos usuários ao frio, ao calor e à fumaça dos ônibus.

Os guichês de venda de passagens também ficarão na área interna. E há a possibilidade de ampliar as áreas comerciais. A Guarda de Trânsito e a Escola Pública de Trânsito também passarão a ocupar espaço nessa nova rodoviária.

JORNAL DE SANTA CATARINA
Rafaela Martins / Agencia RBS

Presidente do Seterb, órgão responsável pela rodoviária, Rudolf Clebsch reconhece os problemas de infraestrutura e segurança
Foto:  Rafaela Martins  /  Agencia RBS


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