Os nadadores César Cielo e Thiago Pereira são os maiores destaques da natação brasileira nos Jogos Pan-Americanos de 2011. Eles tentarão repetir as atuações da edição do Rio de Janeiro, quando, juntos, somaram nove medalhas de ouro: três para Cielo e seis para Thiago, que ainda quebrou o recorde de medalhas individual de atletas brasileiros ao subir oito vezes ao pódio.

Na ocasião, a natação brasileira totalizou 24 medalhas em 2007, (10 de ouro, seis de prata e nove de bronze). Agora, no Pan que tem abertura nesta sexta-feira — e provas de natação marcadas para entre os dias 15 e 22 —, o objetivo é superar o número conquistado na edição anterior.

— A expectativa é bater o número de medalhas de 2007, e a nossa equipe vem forte para defender títulos tanto no masculino quanto no feminino — diz Cielo, campeão mundial dos 50 metros livres e dos 50 metros borboleta, em Xangai, no último mês de julho.

Já Thiago Pereira mostra-se preocupado com a altitude de 1.500 que terá de encarar no México.

— Estou indo muito bem nos treinos, mas não sei como será disputar tantas provas em um lugar tão alto. Só vou descobrir quando chegar lá. A altitude será um obstáculo para mim, mas também para os outros. Só preciso dar o meu melhor. Vamos tentar conseguir o maior número de pódios possíveis — frisa.

A delegação brasileira levará 38 nadadores para Guadalajara — inicialmente, eram 40, mas dois foram cortados pelo excessivo número de atletas na modalidade.

Felipe França é outro destaque e também tem chance de brilhar após ter conquistado o ouro nos 50 metros peito no Mundial de Xangai.

— Estou trabalhando muito para trazer medalhas para o Brasil. Não estou interessado na prata ou no bronze, só quero o ouro. Odeio perder e estou trabalhando com muita disciplina — declara o nadador de 24 anos.

— Em Guadalajara, estarei apenas plantando uma semente e pretendo colher os frutos nas Olimpíadas de Londres em 2012 — complementa França, que participou dos Jogos de Pequim em 2008, mas não passou das eliminatórias nos 200 metros peito.

No feminino, Daynara de Paula é uma das esperanças de medalha.

— No Pan, será um pouco diferente em relação ao Mundial de Xangai, porque desta vez teremos muito mais meninas no grupo — salienta.

Campeão nos 50 e 100 metros livres e no revezamento 4x100m livres no Pan do Rio, o bicampeão mundial César Cielo vibra, também, com o fato de conviver com muitas caras novas na delegação.

— Isso é muito legal. Vi a lista de convocados e me dei conta de que temos cada vez mais jovens nos treinos. Desenvolver laços de amizade ajuda muito nesse tipo de competição — avalia.

— Hoje, sou muito melhor que em 2007, evoluí e me tornei um nadador mais completo e mais bem preparado — analisa.