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 | 11/10/2011 09h57min

Multa milionária não assegura Montillo no Cruzeiro

Cláusula por quebra de contrato é equivalente a US$ 30 milhões, mas valor de possível proposta pode diminuir multa

Uma cláusula no contrato de Montillo com o Cruzeiro prevê multa de cerca de US$ 30 milhões (R$ 52,9 milhões) pela quebra do vínculo. O montante resguarda o clube, mas não garante a permanência do argentino até julho de 2014, quando terminará o acordo do meia com a Raposa.

Em uma negociação com um possível comprador interessado em Montillo, prevalecerá o valor da proposta desde que seja interessante para as duas partes. Caso contrário, clube ou jogador tem o direito de recusar a oferta.

Foi o que aconteceu em meados de agosto, quando o Terek Grozny, da Rússia, propôs nove milhões de euros (R$ 21,7 milhões) por Montillo. Na época, Zezé Perrella, presidente do clube celeste, chegou a aceitar, mas depois recuou. O próprio jogador descartou a saída da Raposa por considerar que não seria interessante uma transferência para o leste europeu.

Com o camisa 10 em evidência pouco mais de um ano em que ele chegou ao clube, o Cruzeiro tomou suas precauções. O salário do argentino aumentou. Os US$ 70 mil (R$ 124 mil) acertados para o primeiro ano de contrato foram reajustados no início do ano
para US$ 100 mil (R$ 177 mil).

— Fizemos uma composição salarial até visando isso. A multa tornou-se muito maior e ele tem contrato até 2014. Não temos interesse em perder o jogador e ele não está com a intenção de sair. Clube brasileiro algum, acredito, tem condição de pagar o valor que está estipulado no contrato — disse Gilvan de Pinho Tavares, novo presidente eleito no Cruzeiro.

Até o momento, novas propostas não chegaram ao empresário de Montillo, Sergio Irigoitia. O agente diz que as atenções do meia estão voltadas para o momento do Cruzeiro na competição.

— Não há propostas e a nossa preocupação e a do jogador é com a situação do Cruzeiro. Ele está feliz no clube e quer ajudar o time — disse Irigoitia.

Os direitos econômicos de Montillo estão divididos entre Cruzeiro e Banco BMG. A Raposa é detentora de 80% e os outros 20% são do banco, que capitalizou os US$ 3,5 milhões (R$ 6,18 milhões) usados, em julho de 2010, para a compra do jogador cujos direitos econômicos e federativos pertenciam a Universidad de Chile.


Multa não segurou Dudu na Raposa

Nesse ano, o Cruzeiro já ignorou a multa rescisória na hora de negociar um de seus atletas. O meia-atacante Dudu foi vendido por 5 milhões de euros (R$ 11,6 milhões) para o Dínamor Kiev, da Ucrânia. O valor da sua rescisão era 23 milhões de euros (R$ 54,3 milhões), quase cinco vezes maior do que o valor que o apoiador foi negociado. A revelação sequer tinha interesse de deixar a Raposa, mas foi convencido a aceitar a saída com destino ao leste europeu.

No futebol brasileiro, o Santos, nos últimos anos, tem conseguido segurar seus principais atletas através da cláusula de rescisão. O atacante Neymar tem sido alvo dos maiores clubes do mundo, como Barcelona, Chelsea e Real Madrid. Mas a polpuda multa – no valor de 45 milhões de euros (R$ 101 milhões) – dificulta as negociações. O Peixe só admite liberar o craque por esse valor. O meia Paulo Henrique Ganso tem cláusula com valor semelhante a de seu companheiro de equipe.


Novo presidente quer a permanência de Montillo

Principal ídolo da torcida, uma venda de Montillo seria encarada com tristeza no mundo cruzeirense. Eleito no dia 3 de outubro para a presidência da Raposa, Gilvan de Pinho Tavares garante que o jogador vai permanecer no clube mineiro por muito tempo. O novo presidente - que oficialmente assume o cargo de presidente em janeiro de 2012, mas já exerce a função – lembra da rápida adaptação do craque e sua família a Belo Horizonte e que isso ajuda na permanência do camisa 10.

— Pelo futebol que ele tem jogado, imagino, que todos treinadores se interessem pelo Montillo. É um jogador de primeira linha do futebol mundial, convocado para a Seleção da Argentina, etc. Mas não temos a menor intenção de desfazer do craque maior do time, xodó da torcida. Para nossa sorte, o Montillo se adaptou muito bem a Belo Horizonte, gosta daqui. Também não demonstra interesse nenhum em sair — constatou.

Gilvan afirma que a fórmula Montillo mais Cruzeiro está funcionando perfeitamente. Enquanto estiver dando resultado ele acredita que não há motivos para a mudança.

— Enquanto isso estiver ocorrendo nós queremos o Montillo no Cruzeiro e será uma luta nossa. Não há nenhum contato (com o Corinthians) e não há interesse da nossa parte.

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