O diretor-geral do Comitê Organizador dos Jogos Pan e Parapan-Americanos de Guadalajara (Copag), Carlos Andrade Garín, e o presidente da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa), Mario Vázquez Raña, mostraram neste final de semana o descompasso que há entre os responsáveis pelas competições. Por mais que se esforce em demonstrar que tudo está bem, Garín ouviu queixas do presidente da Odepa.

— O senhor pode não estar preocupado, mas eu estou — disse Raña, após Garín comentar que não estava preocupado porque o estádio de rúgbi já estaria em fase final de construção. E o diretor-geral do Copag ouviu tudo em silêncio.

Nessa fase final, Raña disse que a Odepa está mais para ajudar do que para fazer críticas. Salientou a qualidade das instalações prontas mas lamentou o atraso, principalmente, no estádio de atletismo.

— (A pista de atletismo) é uma das mais atrasadas. Outro dia, revisamos tudo e falamos com os responsáveis que se comprometeram a entregar a instalação em tempo de competição — frisou Raña.

A situação do término do estádio de atletismo é tão delicada que a pista ainda não foi homologada pela Federação Internacional de Atletismo. Caso não ocorra, Raña assegurou que as provas serão disputadas no local. O dirigente ainda comentou que os tempos obtidos poderiam ser homologados ao término do Pan.

— Há um ano, o Pan esteve seriamente ameaçado de sair de Guadalajara mas decidimos mantê-lo aqui. De cinco meses para cá, houve uma luz no fim do túnel, a organização melhorou, mas ainda há problemas — disse Raña.

Outro problema foi o fracasso no sistema de transporte para os atletas e técnicos do Pan. Guadalajara seguiu o exemplo do Rio e criou uma faixa seletiva para os ônibus do Pan, que geraria multa para veículos não-oficiais que trafegassem por ela. Mas o governador de Jalisco, estado que tem Guadalajara como capital, Emilio González Márquez, suspendeu a aplicação de multas.

A solução apresentada pelo Copag, ante o temor de os atletas ficarem presos no trânsito, foi a de colocar escolta policial que ira interromper o trânsito para a passagem dos comboios esportivos.