Esportes | 08/10/2011 17h23min
Não foram poucas as vezes que ele repetiu o mantra "planejamento, estratégia, gestão, foco, motivação e liderança". Fernando Lúcio da Costa, 33 anos, parece estar adaptado ao novo figurino: começa com o blazer incorporado ao modo casual de vestir. Do outro lado do balcão, o pai dos gêmeos Eloá e Enzo, oito anos, e de Thayná, 12, não só não sente falta dos gramados, como acredita estar ajustado à função de diretor executivo de futebol do Inter.
O goiano capitão na conquista do Mundial em 2006, 77 gols em 190 jogos pelo Inter, já pode ser visto como executivo, responsável pelo meio-campo entre jogadores e direção. Os desafios são enormes na tarefa que é misto de líder, motivador e olheiro. Ela vai desde formar bom time para 2012 até encontrar ídolos do futuro colorado.
O ídolo é humilde ao reconhecer a necessidade de evoluir. Admite errar bastante neste processo de aprendizado e exercício de gestão, mas também sabe que, na hora H, a decisão será sua. Sabe ser fundamental tomar as decisões com convicção.
Na conversa de quase duas horas com ZH, com intervalos de tietagem dos colegas e cumprimentos do prefeito José Fortunati e do secretário Kalil Sehbe que participavam de ato no jornal, o filho único do fazendeiro Galdino e da dona de casa Marli não se esquivou das perguntas. Avaliou dos governos Lula, Dilma e até FH ao atraso nas obras da Copa. Sempre com ideias claras. Como exige a função de gerente executivo.
Zero Hora – Líder, motivador e olheiro. Qual é sua nova missão?
Fernandão – Tenho a experiência como capitão e, após três anos na França, aprendi em relação ao planejamento e à estrutura física. Quero implantar no Inter. Mas, lógico, o tempo passa, e você tem de evoluir.
ZH – Como não perder nem evolução, nem planejamento e encontrar o caminho do time vencedor?
Fernandão – Aprendi muito na França sobre trabalhar por temporada. No Brasil, é diferente, os clubes, em determinados momentos, embolam campeonatos. Pretendo conversar com o presidente Giovanni Luigi sobre o orçamento anual. Queremos ter um elenco com orçamento anual.
ZH – Como é seu estilo de liderar: com diálogo até a hora da decisão?
Fernandão – Ando lendo muito sobre isso, mas sempre tive minha postura. Sempre coloquei a questão da liderança pelo lado do exemplo. Não adianta nada cobrar algo de ti, se eu fizer o contrário do que digo. Como diretor, não vou mudar em relação à questão do diálogo, sempre válido. Mas tem uma hora que é a tua palavra que vale porque é você quem manda. Presto satisfações aos superiores: o Luís Anápio Gomes e o Giovanni Luigi.
ZH – Quando você assumiu, disse que o desafio era levantar o astral do grupo. Qual o saldo hoje?
Fernandão – Evoluímos, nosso grupo é muito bom. Na vida, não só no futebol, você deve ter prazer para desempenhar o que sabe. Não adianta ter grandes jogadores desmotivados, que não tenham prazer de vestir a camisa do Inter.
ZH – Como agir com jogadores egocêntricos ou mais explosivos, como D’Alessandro?
Fernandão – Tem jogador que você precisa gritar, xingar. Há outros que é preciso chamar para conversar no cantinho. O D’Alessandro é um baita profissional, quer vencer o tempo todo. Por isso, às vezes, é explosivo. Disse para ele que aqui no Brasil árbitro não aguenta jogador que reclama com os braços abertos. Falei para parar de abrir e balançar os braços.
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