Dagoberto está perto do Beira-Rio. Nas últimas semanas, o atacante de 28 anos vem negociando a sua transferência para o Inter. Dias atrás, telefonou para os pais, Adelires e José Pelentier, que vivem em Dois Vizinhos, no sudoeste do Paraná, distante 473 quilômetros de Curitiba, e disse:

— Olha, mãe, tem tudo para a gente ir para o Inter.

— Ele está feliz com a possibilidade de jogar no Inter. É o time do coração do pai dele. A família toda está entusiasmada — contou Adelires, sem esconder a empolgação ao falar sobre o caçula dos Pelentier.

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Nascido em Treze Tílias, a meio caminho do oeste de Santa Catarina, o pai, José, é colorado. Segundo ele, desde 1968, quando se apaixonou pelo time de Bráulio, Dorinho e Claudiomiro, que deflagaria a partir do ano seguinte o inédito título de octacampeão gaúcho. Iduir Martins, gaúcho de Marcelino Ramos, tio de Dagoberto, também torce pelo Inter. Em 1999, a dupla colocou Dagoberto e o primo Isaac no carro e rodou quase 800 quilômetros para que os guris participassem de uma peneira no Inter. Dagoberto marcou dois gols, um deles de falta, mas, assim como Isaac, foi reprovado.

— De 30 meninos que participaram da peneira, apenas um lateral foi aprovado. Eles não justificaram nada, mas acho que o consideraram baixinho. E, na época, com 16 anos, ele era menor que os outros mesmo — reconheceu José Pelentier.

O pai vê a possível contratação de Dagoberto pelo Inter como a confirmação de um desejo pessoal. Leia o que diz Seu José na reportagem completa, na edição desta quinta de Zero Hora.