Ele é conhecido por Wellington Nem, mas pode chamar de Super-Nem. O baixinho, de 1m67cm, virou um gigante no Figueirense e, hoje, divide a artilharia do clube no Campeonato Brasileiro com Júlio César, seu companheiro de ataque. Os dois têm seis gols e esperam aumentar este número na partida deste domingo, às 16h, no Orlando Scarpelli.

O garoto, de 19 anos, cresce quando entra em campo. Tente perguntar se ele se assusta quando se depara com um zagueiro grandalhão pela frente. A resposta é simples:

— Na bola aérea posso levar desvantagem, mas, com a bola no chão, a melhor coisa é pegar um zagueiro alto — considerou.

A explicação é que eles costumam ser mais lentos, um "abraço" para quem tem a velocidade como principal característica. Foi utilizando dela que ele marcou a maioria dos gols até aqui e, em um deles, ganhou o apelido de Super-Nem em uma narração de Luiz Augusto Alano, da rádio CBN.

O jogador acredita estar longe de ser um super-herói, apesar de comemorar os avanços desde chegou ao clube, em fevereiro deste ano. Emprestado pelo Fluminense, ele não chegou a ser apresentado oficialmente, ficou esquecido e atuou em apenas três partidas do Estadual. No Brasileiro, começou como meia e ganhou a posição quando passou a ser utilizado como atacante.

Com os gols, vieram as animadas comemorações. Nascido no Rio de Janeiro, Wellington Nem não esconde o gosto pelo funk e pelo pagode e, ao balançar a rede, deixa para trás a timidez que carrega fora de campo e revela o lado brincalhão e alegre, que ele espera externar novamente contra o Coxa.

Da infância também vem o "Nem" que acompanha seu nome, assim como o desejo de brilhar no futebol. O começo da carreira foi no América (RJ), mas foi no Flu que ele se destacou, o que rendeu as convocações para as seleções Sub-15, Sub-17 e Sub-18 do Brasil.

Emprestado ao Furacão até dezembro, ele não sabe o destino em 2012. Super-Nem só tem certeza de que até o final de 2011 quer brilhar muito com a camisa do Figueirense.