| 16/09/2011 17h14min
O Real Madrid registrou um faturamento recorde para o exercício 2010-2011 (que terminou no fim do mês de junho) em alta de 8,6%, somando 480,2 milhões de euros, o que seria o recorde mundial para uma entidade esportiva, afirmou a diretoria do clube num comunicado. O resultado líquido foi avaliado em 31,6 milhões de euros, em forte alta de 31,7%. A dívida continua grande (169,7 milhões), mas caiu 30,6% em relação ao exercício anterior.
Já o lucro com impostos deduzidos, sem contar as transferências de jogadores, aumentou em 32,4%, somando 147,7 milhões de euros. Incluindo as transferências, houve uma alta de 3,7%, num total de 151,1 milhões. O Real reduziu bastante suas despesas em termos de contratações nas duas últimas temporadas, em relação a 2009, quando gastou 94 milhões de euros com o astro português Cristiano Ronaldo e 67 milhões com Kaká.
Durante a janela de transferências do verão europeu, o clube da capital espanhola contratou o lateral português Fábio Coentrão por 30 milhões de euros e fez uma aposta para o futuro ao pagar 10 milhões pelo jovem zagueiro francês Raphaël Varane. Seu grande rival, o Barcelona, investiu mais ao contratar o chileno Alexis Sanchez por 26 milhões de euros e ao trazer de volta Cesc Fábregas, que se formou nas categorias de base mas saiu para o Arsenal com 16 anos, ao pagar 34 milhões ao clube londrino.
Os dois maiores clubes da Espanha acumulam boa parte das suas receitas a partir dos direitos de TV. Na temporada passada, a empresa Mediapro, que detém os direitos de transmissão no país, pagou 140 milhões de euros para ambos os clubes, enquanto times de menor porte, como Levante, Hercules, Gijon, Málaga e Real Sociedad, receberam apenas 12 milhões.
Esta diferença provocou uma grande polêmica na Liga Espanhola. A título de comparação, o Manchester United, clube que mais arrecadou com direitos de TV com o Campeonato Inglês, recebeu 68 milhões de euros na temporada, somente 24 milhões a mais do que o último colocado da Premier League, o Blackpool (44M).
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