Os semblantes dos jogadores de Vitória e Guarani refletiram a insatisfação das duas equipes com o empate por 0 a 0, nesta sexta-feira, na Arena da Fonte Luminosa, em partida válida pela 21ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

O resultado não foi bom para nenhum dos dois clubes, mas acabou sendo pior para o Vitória pela postura adotada pelo Guarani. Na segunda etapa, o Bugre praticamente abdicou do ataque e o Rubro-negro baiano partiu para cima, criou boas chances, mas não conseguiu definir a partida.

Com isto, o Vitória perdeu a oportunidade de entrar no G4. Caso vencesse, a equipe iria aos 34 pontos e assumiria o quarto lugar. Contudo, com o empate, resta ao time baiano contentar-se com a manutenção do sexto lugar, com 32 pontos, a dois do G4. A distancia pode aumentar para cinco pontos no complemento da rodada.

O Guarani, por sua vez, conseguiu sair da zona de rebaixamento. A equipe agora ocupa a 16ª colocação da tabela, com 24 pontos, o mesmo número que o Vila Nova, mas à frente da equipe goiana pelo saldo de gols.

Festival de chuveirinhos

O que se viu no primeiro tempo entre Guarani e Vitória foi um jogo de muita marcação e pouca qualidade técnica. As duas equipes marcavam bem no meio de campo e travavam as descidas dos laterais para sair nos contra-ataques. O problema mesmo era na criação. Lúcio Flávio e Felipe, os homens responsáveis por este fundamento, não conseguiam executá-lo com eficiência.

Os números comprovam isto. O Bugre tentou nada menos do que 26 lançamentos (18 deles errados) e seis cruzamentos à área todos errados, enquanto o Vitória não ficou muito atrás: o rubro-negro baiano lançou 24 bolas (17 delas erradas) e tentou 16 cruzamentos (12 deles errados), segundo levantamento do Footstats.

Para quem assistia à partida a sensação era de que o meio de campo inexistia. Mas há uma explicação tática: com os meias bem marcados pelos volantes, a opção foi a ligação direta e os levantamentos à área de longa distância.

As melhores chances da primeira etapa foram do Guarani, mas nada muito incisivo. O que marcou de fato a partida foi quando, por volta dos 30 minutos de jogo, o sistema de irrigação da Fonte Luminosa foi ligado e o jogo teve de ser interrompido por cerca de três minutos. Pouco para as pretensões das equipes na Série B.

Vitória melhora na segunda etapa

Na segunda etapa, o panorama do jogo mudou pouco. O Vitória mudou de postura e passou a pressionar o Alviverde campineiro. A marcação do Guarani não era mais a mesma, visto que as chegadas do clube baiano seguiram a mesma receita do primeiro tempo: lançamentos longos e bolas alçadas na grande área.

Neto Baiano e Marquinhos perderam duas chances incríveis por volta dos 20 minutos. E o técnico Giba mexeu mal: sacou Felipe, responsável pelos únicos lapsos de criação do Bugre, e promoveu a entrada do zagueiro Aislan. Daí em diante, com o recuo tático do Guarani, o Vitória passou a pressionar duramente o adversário. A conclusão, porém, falhou e o time baiano cedeu o empate.

Próximos jogos

O Guarani volta a jogar na próxima terça-feira, dia 12, às 20h30min, contra o Boa (MG), no estádio Dilzon Melo, em Varginha (MG). Já o Vitória volta a Salvador para receber, na mesma data e horário, o lanterna Duque de Caxias, no Barradão. Os jogos são válidos pela 13ª rodada da Série B do Brasileiro.