Notícias

Esportes  | 06/09/2011 12h40min

Idas, vindas e títulos: Bolívar enfrenta maior turbulência em oito anos de Inter

clicEsportes relembra os principais momentos da trajetória do General

Com dois títulos da Copa Libertadores — o segundo como capitão — e um da Sul-Americana, Bolívar é um dos zagueiros mais vitoriosos da história colorada. No entanto, 2011 vem sendo um dos piores anos do defensor, contestado por grande parte da torcida e tratado como assunto interno entre dirigentes. Não se sabe se deixará o time titular, ou até mesmo o clube. O fato é que este é um dos momentos mais turbulentos de uma história que já dura cerca de oito anos.

Leia mais
> Inter blinda Bolívar e preservação ganha força
> Torcedores usam Twitter para criticar
> Dorival não garante volta de Bolívar
> Pai de Bolívar: "O ciclo acabou"
> Bolívar deve ir para a reserva


Bolívar não é o nome do capitão do Inter, que se chama Fabian Guedes. O apelido é uma referência ao nome do pai, ex-jogador do Grêmio. Revelado pelo Guarani-VA, ele chegou a tentar a sorte no Olímpico ainda garoto. Mas não conseguiu chegar aos profissionais e voltou ao time de Venâncio Aires, onde foi buscado pelos dirigentes colorados. Ali começava uma história vitoriosa que o clicEsportes relembra os principais momentos:

2003: fratura no pé prejudica afirmação
Apesar de ser zagueiro de origem, Bolívar chegou ao Beira-Rio para assumir a lateral-direita colorada. Empolgou na estreia pelo Inter, goleada por 3 a 0 sobre o Figueirense no Beira-Rio, participando das jogadas de dois gols. Uma delas, um belo cruzamento para o centroavante Jefferson Feijão.


Bolívar (E) em sua estreia pelo Inter, ao lado de Gavilán
Foto: Valdir Friolin, BD - 20/07/2003

Ainda em julho, no entanto, Bolívar sofreria uma lesão que o impediria de se firmar no Inter. No jogo contra o São Caetano, ele fraturou o pé direito em lance sem bola. Sozinho. Precisou ser submetido a duas cirurgias, o que o impediu de dar sequência ao bom momento que começava a viver no Beira-Rio.

2004/2005: promessa não confirmada
Totalmente recuperado, Bolívar iniciava 2004 buscando um lugar no time titular. E saiu em vantagem: ainda durante a pré-temporada, ele e Chiquinho foram confirmados pelo técnico Lori Sandri nas alas do Inter. Ao longo do ano, com a versatilidade de Gavilán — o volante também atuava na lateral-direita —, precisou defender a titularidade.

O meia Élder Granja foi deixando sua posição original e se destacando na lateral-direita. Bolívar ia perdendo espaço. Até que em 2005 Índio sofreu uma lesão grave durante jogo com o Rosario Central pela Copa Sul-Americana. Era a deixa para que começasse a aparecer um dos zagueiros mais vitoriosos da história colorada.

2006: na zaga, afirmação e conquista da América


Bolívar comemora a conquista da Libertadores de 2006
Foto: Emerson Souza, BD - 17/08/2006

Em 2006, Bolívar chegou ao auge da carreira. Fixado na zaga, desbancou Índio, que voltava da lesão, do time titular. Mesmo ao lado de um zagueiro consagrado como Fabiano Eller, foi o principal expoente do setor defensivo colorado na campanha da primeira conquista da América. Disputou as 14 partidas. Pelas atuações no título, recebeu o apelido de "General". Ao término da competição, foi negociado com o Mônaco, da França.

2006/2008: aventura na França


Bolívar bate bola ao ser apresentado no Monaco
Foto: Bruno Bebert, AP, BD - 23/08/2006

Em agosto de 2006, se apresentou ao clube europeu. Na temporada 2006/2007, foi titular em 34 das 38 rodadas do Campeonato Francês, no qual o time ficou em nono lugar. Na competição de 2007/2008, jogou em 22 das 38 partidas. Em outubro de 2007, foi para a reserva, só recuperando a posição em janeiro. Se no Inter marcou seu nome, na Europa não conseguiu apresentar o mesmo futebol. Ao final da temporada, pediu para ser liberado e retornou ao Beira-Rio.

2008/2009: mais títulos na volta à lateral
Em meados de 2008, Bolívar voltou ao Beira-Rio por empréstimo. Em sua segunda passagem pelo clube, o técnico Tite o colocou novamente na lateral-direita. Mesmo que a posição não fosse a sua preferida, o jogador foi peça importante na conquista da Copa Sul-Americana. Ao lado de Marcão, foi quem mais atuou no título inédito: 10 vezes.

Bolívar iniciou 2009 ainda na lateral. Apesar de não esconder que gostaria de voltar à zaga, se dispôs a seguir ajudando Tite e seu grupo jogando pelo lado do campo. Mesmo improvisado, auxiliou o time no título do Gauchão e no da Suruga Bank. Permaneceu na posição até agosto, quando o técnico o recolocou em sua posição de origem.

2010: líder e capitão no bi da América


Bolívar recebe a taça de Pelé
Foto: Silvia Izquierdo, AP, BD - 19/08/2010

O ano de 2010 confirmou uma das principais virtudes de Bolívar: a ascendência sobre o grupo de jogadores. Após Celso Roth entrar no lugar de Jorge Fossati, o zagueiro se tornou o novo capitão do time, em consequência de sua liderança. Ostentando a braçadeira, teve a honra de receber das mãos de Pelé a taça da Libertadores.

Se a metade de 2010 reservou ao atleta a oportunidade de ser o capitão no bi da América, o final da temporada poderia colocá-lo ao lado de Fernandão que, além do título continental, foi o responsável por erguer a taça do Mundial em 2006. Antes da competição, o camisa 2 admitiu que já havia imaginado a cena. No entanto, o Mazembe apareceu no caminho e terminou com o sonho do zagueiro.

2011: o declínio
Se os anos anteriores foram marcados pelos títulos, 2011 tem se mostrado mais complicado para Bolívar. Ele não perdeu o hábito de levantar troféus. Nesta temporada, já foram o Gauchão e a Recopa. No entanto, suas atuações não são mais tão seguras. O jogador é um dos mais contestados pela torcida e a imprensa.

A situação incômoda chegou ao auge após o empate com o Santos na última semana. Bolívar até marcou um gol e sofreu um pênalti na partida que terminou em 3 a 3 no Beira-Rio. Porém, no campo defensivo, foi considerado o responsável pelo time entregar uma vitória considerada certa (o Inter vencia por 3 a 0 até os 30 minutos da segunda etapa).

A paciência dos torcedores terminou. Colorados criaram um site com o nome "Fora, Bolívar". Pelo Twitter, outros lançaram a expressão "eu bolivei", em referência aos erros do zagueiro. Para completar, na sexta-feira, o Bolívar pai declarou ao apresentador Sérgio Boaz, no programa "Show dos Esportes", da Rádio Gaúcha, que, na sua opinião, o "ciclo do filho no Beira-Rio estava encerrado".

No empate em 1 a 1 contra o Ceará, no último domingo, em Fortaleza, Bolívar não atuou por estar suspenso. No entanto, uma situação até então impensada começa a tomar corpo. Com condições de enfrentar o América-MG no Beira-Rio nesta quarta-feira, ele pode ficar no banco.

Parece ser o fim de uma história. Ou o início de mais uma volta por cima.

CLICESPORTES

Comentários

Fernando

Denuncie este comentário06/09/2011 13:03

Renovem já o contrato até 2020!!!

 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.