Com a segurança reforçada no pátio do Estádio Olímpico, será votada na noite desta quinta a permanência ou não do ex-presidente José Alberto Guerreiro no Conselho Deliberativo. Na reunião, que tem a primeira chamada às 19h30min e a última às 20h, a Comissão de Assuntos Legais e Estatutários vai apresentar um relatório chamado de "Caso Cheques ISL".

Antes de começar a votação, alguns torcedores se reuniram em frente ao estádio e penduraram no portão de uma das casas da rua uma faixa, em uma espécie de bandeira tricolor, com a frase "Fora Guerreiro".

Entenda o caso:

Antiga parceira do Grêmio, a ISL emitiu três cheques em nome do clube, totalizando R$ 555.799,00. O valor seria supostamente usado no pagamento de multas relativas à contratação de Amato, Astrada e Paulo Nunes, que vieram do Rangers (Escócia), River Plate e Palmeiras, respectivamente. Nominais ao Grêmio, os cheques foram endossados e depositados em contas de terceiros.

Com a falência da empresa suíça, ficou constatado que os três clubes não haviam cobrado multa nem recebido o dinheiro. Em junho de 2005, uma juíza da 1ª Vara Criminal aceitou a denúncia do Ministério Público contra onze pessoas, entre elas o presidente José Alberto Guerreiro e Wesley Cardia, na época vice-presidente de marketing do clube.

A reunião para definir a exclusão de José Alberto Guerreiro do Conselho Deliberativo do Grêmio começou a ser articulada no ano passado por advogados que integram o quadro social do clube.