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Esportes  | 19/08/2011 08h20min

"Tirar sangue dos outros não é coisa de jogo", diz mãe de Leandro

Edilene Moura vê o lado positivo de possível suspensão: "Talvez sirva para ele pensar"

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

O Grêmio prevê quatro jogos de suspensão para o atacante Leandro, que será julgado hoje no STJD. Denunciado por imagem, ele vira réu por agressão a Eron, do Atlético-MG. O artigo 254 do Código Disciplinar, que trata de agressão, prevê suspensão por até 12 partidas. A 4ª Comissão Disciplinar, responsável pelo julgamento, é considerada a mais severa do tribunal.

Aos 18 anos, Leandro enfrenta sua primeira crise no Grêmio, seis meses após virar profissional pelas mãos de Renato Portaluppi. O que mais intriga é o comportamento agressivo revelado por ele nas últimas partidas. Na derrota de quarta-feira para o Ceará, sua vítima foi Eusébio, que precisou de atendimento fora do campo. Até a mãe do jogador Edilene Moura estranha seus gestos. Preocupada, ela pode antecipar para o dezembro o projeto de morar com o filho na Capital.

Preocupado com a situação, o empresário de Leandro, Gilmar Veloz, reuniu-se com ele na concentração do Grêmio em Fortaleza.

— Adolescentes enfrentam altos e baixos. Hoje, Leandro vive uma realidade totalmente diferente da base. A cobrança entre os profissionais é muito mais forte — interpreta Jaqueline Volino, psicóloga das categorias de base do Grêmio, para quem garotos recém promovidos deveriam ter um acompanhamento até atingirem uma idade mais madura.

O comportamento de Leandro nas últimas partidas intriga até a família, residente em Gama, cidade-satélite de Brasília.

— Tirar sangue das pessoas não é coisa de jogo — critica Edilene Moura, a mãe do jogador nesta entrevista por telefone a Zero Hora.

Zero Hora – Por que Leandro anda nervoso nos jogos?

Edilene Moura – Não sei. Dou bronca, chamo a atenção. Ele me disse que são coisas de jogo.

ZH – A senhora viu a agressão ao jogador do Atlético-MG?

Edilene – Vi. Liguei para ele depois da partida. Aliás, ligo todos os dias. Perguntei: por que você fez isso? Tirar sangue das pessoas não é coisa de jogo. Ele me disse que foi sem querer.

ZH – Mas voltou a ocorrer contra o Ceará.

Edilene – Mas dessa vez foi um acidente, vi que ele foi para se proteger.

ZH – O comportamento pode ser reflexo de problema fora de campo. Como ele está com a namorada?

Edilene – Não conheço a menina. Sei que estão juntos há três meses. Pedi a ele que limitasse um pouco os encontros. Foi bom. Ele melhorou de rendimento.

ZH – Ele vai a julgamento (hoje) e pode pegar até 12 jogos de suspensão. Isso a assusta?

Edilene – Assusta. Mas acho que ele vai pegar uns seis jogos. Talvez sirva para ele pensar um pouco mais sobre o seu comportamento. Ele não pode achar que é o dono do campo.

ZH – Ele pode estar deslumbrado pela fama repentina?

Edilene – Acho que não. Meu filho não é baladeiro, tem responsabilidade.

Edilene ri ao ser questionada sobre o corte de cabelo do filho e fala sobre os planos de morar em Porto Alegre, mais perto do garoto. Leia mais trechos da entrevista na edição desta sexta de Zero Hora.
 

Próximos jogos:
21/08 - Atlético-GO x Grêmio
28/08 - Grêmio x Inter
01/09 - Corinthians x Grêmio


 






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