O Inter recebe hoje a visita de dois executivos da Fifa. Um deles é o arquiteto Carlos de la Corte, responsável pelos estádios da Copa de 2014, o outro é o inglês Richard Hayden, consultor de gramados. Quanto ao verde do campo, tudo bem. O problema é o cimento. A indicação como sede da Copa das Confederações começa a ficar entre brumas.

— Estamos no limite dos prazos. Não temos o menor espaço de tempo. Aposto que cumpriremos, mas estamos no limite — admite Luís Anápio Gomes, que acumula a presidência da Comissão de Obras e o futebol.

O problema é tempo. O cálculo é simples: a obra leva 19 meses para ficar pronta, conforme a Andrade Gutierrez. A Fifa exige estádios prontos em dezembro de 2012 para a Copa das Confederações. Como há apenas 15 meses entre setembro de 2011 e o Natal do ano que vem, já não depende só do Inter a garantia do Beira-Rio como sede do evento teste da Copa de 2014. Mas o clube faz suas apostas:

1. Aprovação rápida do contrato no Conselho Deliberativo. O documento deve ficar à disposição dos conselheiros e ser levado à votação até a primeira semana de setembro.
2. A agilidade da Andrade Gutierrez, acostumada a grandes obras, e sua capacidade para colocar operários 24 horas por dia no canteiro.
3. A compreensão da Fifa, que teria acenado com prorrogação do prazo e permitiria que o estádio estivesse pronto em março de 2013, três meses antes da Copa das Confederações.
4. Torcer para que o clima colabore e não pare as obras.

A Fifa também convocou a Andrade Gutierrez para a reunião de hoje. Confira o que atrasa o acerto e quais sedes estão de olho na vaga de Porto Alegre na edição desta sexta de Zero Hora.