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 | 17/08/2011 23h53min

Técnico do Avaí diz que não pedirá demissão: "Eu não sou um covarde"

Alexandre Gallo corre o risco de ser demitido do Leão

Melissa Bulegon  |  melissa.bulegon@diario.com.br

Com a derrota para o Vasco, o trabalho do técnico Alexandre Gallo continua sob pressão. Em 13 jogos no comando do Avaí, o treinador coleciona três empates, três vitórias e sete derrotas. Além disso, a equipe permanece na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Ao final da partida, o comandante avaiano disse que não pensa em pedir demissão do cargo. 

— Eu não sou um covarde. Eu, como sou forte, vou atravessar esse momento difícil. Pelo menos é a minha expectativa — desabafou.

O treinador também esclareceu que os jogadores estão comprometidos com o seu trabalho.

— Eu tomaria uma atitude avessa à que estou tomando se percebesse que teria algum problema com os atletas. Os jogadores estão jogando no limite deles. O grupo luta muito — enfatizou.

Para Alexandre Gallo, a qualidade do adversário contribuiu para o resultado negativo:

— Tentamos fazer o nosso melhor, o nosso time não se desequilibrou. No primeiro gol, principalmente, foi competência do Diego Souza. No segundo, nós todos vimos que existiu uma falta no Dirceu que não foi dada. Nós jogamos muito próximo do nosso limite, tentamos fazer o nosso melhor e o adversário foi bastante superior.

Mesmo afirmando que irá seguir na Ressacada, a permanência do técnico ainda é uma incógnita. Ninguém da diretoria quis se manifestar depois da partida. A definição quanto à continuidade de Gallo no comando do Avaí deverá sair nesta quinta-feira.


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Confira outros trechos da entrevista:

A derrota
Eu acho que nós jogamos próximos dos limites das nossas condições. Foi muito ruim perder mais um jogo dentro de casa, mas acho que tivemos boas chances no primeiro tempo, até no segundo tentamos criar. O adversário é muito bom taticamente. O Vasco é um time bastante equilibrado e está vivendo um grande momento. E nós jogamos dentro do nosso melhor futebol, dos nossos problemas que nós temos. Eu vi hoje o time tentando fazer o seu melhor, em uma disparidade técnica grande que existe entre as duas equipes e a gente lutou bastante.

O momento
Eu vou tentar lutar sempre, não vou desistir nunca. Eu amo muito o que eu faço, sou muito preparado para o que eu faço. Tem muita gente que vê e não enxerga quais são os nossos problemas, os nossos limites e nós temos muitos problemas. Esses problemas passam por essa turbulência grave, como aconteceu com o Cruzeiro e o São Paulo, que perderam quatro partidas seguidas. Quem somos nós para não passar por isso? Há sete dias, ganhamos dois jogos consecutivos e não era uma situação para a gente comemorar. Tem que ter os pés no chão. Esses problemas todos, mesmo na vitória, apareceram.

A pressão no cargo
Estou aqui vivendo esse momento com bastante vontade de trabalhar e eu trabalho bastante em todos os sentidos. Taticamente, fisicamente. Nossa equipe toda evoluiu muito. Fisicamente, os números são bem superiores desde que a gente chegou, estou bastante satisfeito. Agora, perdemos alguns jogadores importantes em alguns momentos, como o Caçapa, o Marcos Paulo, que acho poderiam nos ajudar em termos de liderança, de grupo, e a gente está tendo que mudar em alguns momentos em questões de lesão, de cartão. O importante é sempre manter um grupo jogando e a gente não está conseguindo dar uma sequência.

Atuação de Dinélson
Ele fez sete treinos coletivos para poder jogar, mas ele sentiu o jogo como o Caíque sentiu também. E como já estávamos perdendo, optamos por colocar o time um pouco mais para frente. William já era uma troca esperada pela semana que ficou sem treinar, vinha debilitado, e tentamos reagir e não conseguimos.

Expulsão de Robinho
Atrapalhou bastante. Ele é um jogador que tentou nos ajudar, fez a função que é a posição dele jogando pela meia, e a gente não esperava. Eu guardo para fazer uma análise melhor amanhã cedo, quando vou rever o jogo para ver quais foram as falhas, os erros. Não pode acontecer, a gente perdendo o jogo, tendo que empatar. É muito ruim para o restante dos jogadores isso aí porque o nosso momento não é bom e se você perde um jogador, o time dá uma queda e acaba atrapalhando a todos porque aí fica difícil empatar principalmente por causa da qualidade do adversário.

Vaias do torcedor
Encaro com naturalidade e bastante respeito porque o momento nosso é muito ruim. O torcedor está magoado, machucado, como estamos também. Mas nós temos que ver não só o resultado, mas as coisas que acontecem dentro de campo. O torcedor tem que ver o nosso time, entender o nosso momento, os nossos  problemas, entender as possiblidades e a capacidade do adversário e aí sim fazer uma análise. A nossa análise é bem racional, mas a emocional o torcedor tem o direito de fazer porque está machucado.

Uso de 37 jogadores sob o seu comando
Destes 37, seis não estão mais no grupo. Sobram 31. Com o nosso goleiro, sobram 30 jogadores de linha, onde cinco estão no departamento médico. Então o nosso universo está girando em torno de 25 jogadores, que é uma situação absolutamente normal. O ideal é você manter sempre um time, mas nós não estamos conseguindo. Isso atrapalha bastante porque você tem que pegar o time, com três dias antes do jogo, e treinar taticamente, posicionar a bola parada e ir para o jogo.

Coritiba pela frente
É uma equipe que joga junto há mais ou menos um ano e meio, mas nós temos que enfrentá-la. É uma grande chance que temos nessas duas semanas de sair da zona de rebaixamento. Precisamos sair o mais rápido possível. Temos que continuar lutando, independente de uma lista de problemas que temos. Tem a chegada do Lincoln que acho que vai nos ajudar muito tecnicamente, é um jogador que chama o jogo para ele, mas que provavelmente ainda não vai poder jogar contra o Coritiba. Com certeza, para enfrentar o Figueirense, o Lincoln estará preparado.

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