A Supercopa da Espanha é do Barcelona, é de Messi. Uma vitória espetacular por 3 a 2 sobre o Real Madrid no Camp Nou, nesta quarta-feira, num jogão de bola. E mais uma atuação para se recortar e guardar do melhor do mundo. Os merengues só valorizaram o primeiro título do Barcelona na temporada, e deixaram claro que as coisas devem ser difíceis para os catalães. Terão de suar muito para vencer o principal rival. Mas com seu camisa 10 inspirado, Guardiola fica mais tranquilo, e tudo fica mais fácil.

O jogo

Marcando no campo de ataque, o Real deu sufoco ao Barça nos primeiros minutos. Sem conseguir impor seu ritmo, o time da casa sofreu um bocado até encontrar seu melhor jogo. Os merengues assustaram com Cristiano Ronaldo e Khedira, mas não conseguiram mover o placar. E contra o Barça, isso é fatal.

Tudo porque era questão de tempo até o time azul e grená começar a fazer seu melhor jogo. O de sempre. Prendeu a bola, trocou passes e começou a tomar conta da partida. E contra uma defesa que, embora firme, jogava em linha, encontrou nos pés de Messi a chave para romper a barreira merengue: o argentino deu passe magistral para Iniesta tocar na saída de Casillas e fazer 1 a 0.

O Real manteve a postura de marcar na frente, e teve boas chances num momento em que a partida era equilibrada. E em uma delas, conseguiu aproveitar para empatar. Özil cobrou escanteio, a bola sobrou com Benzema que bateu cruzado. Na confusão dentro da área, Cristiano Ronaldo desviou e igualou o marcador no Camp Nou.

O jogo seguiu igual até o fim do primeiro tempo, aberto, com chances para os dois gigantes. Mas o fator de desequilíbrio acabou sendo o de sempre: Messi. O argentino aproveitou um passe magistral de Piqué (o zagueirão tocou de calcanhar e deixou o companheiro na cara do gol) para fazer o segundo do Barça.

Segunda etapa

A Pulga de fato acabou com o jogo. No segundo tempo, continuou sendo o principal jogador em campo. A marcação madridista melhorou, mas na frente os comandados de José Mourinho foi pouco efetivo na frente. Os nervos ficaram à flor da pele, principalmente depois que Marcelo (expulso no fim merecidamente, após entrada criminosa em Fàbregas) deu um chute desnecessário no argentino. Mas a pressão no fim foi forte.

O Barcelona recuou demais e deixou os merengues tomarem conta do jogo a partir dos 30 minutos do segundo tempo. Mourinho trocou o apagado Özil por Kaká, e foi do brasileiro a cobrança do escanteio que originou o gol do empate. Benzema ficou com a sobra e Valdés, que havia feito milagre em chute de Sergio Ramos no lance anterior, não conseguiu fazer nada. Gol do francês, 2 a 2 e jogo indo para a prorrogação.

Guardiola então lançou Fàbregas, fazendo sua estreia pelo Barcelona, aos 40 da etapa final. E o camisa 4 participou da jogada do gol do título, marcado por ninguém menos do que Messi. Tinha de ser ele. Ao receber do novo companheiro, tocou de primeira para Adriano na direita e correu para a área. No cruzamento certeiro, pegou de primeira e cravou a taça. A Supercopa da Espanha é do Barcelona, é de Messi.