A partida entre Figueirense e Flamengo, domingo, no Orlando Scarpelli, ganhou ares de clássico. Não só pela importância do jogo para as duas equipes no Campeonato Brasileiro, mas pela certeza de estádio lotado, o que requer cuidados redobrados com a segurança. A prioridade é evitar o encontro das duas torcidas

Uma reunião entre representantes do Figueira e da Polícia Militar determinou algumas medidas que serão adotadas para evitar problemas, principalmente porque a previsão é de uma quantidade de flamenguistas muito superior a 2 mil, número destinado aos visitantes no Setor E.

Segundo o diretor de Operações Desportivas e Marketing Renan Dal Zotto, após constatar que a torcida do Flamengo também estava comprando ingressos para outros setores, o Figueirense procurou redirecioná-los para o Setor D para facilitar o policiamento, apesar de não divulgar que o setor seria específico para o adversário, como aconteceu na partida contra Grêmio, quando a procura também começou cedo.

Os alvinegros que compraram ingresso para esse espaço, que seriam minoria, serão realocados para os setores B e C — algumas trocas já foram feitas, segundo ele. O pedido é para que os torcedores colaborem e não entrem caracterizados caso tenham ingresso para o setor do adversário. 

— Os ingressos esgotaram quatro dias antes da partida. Estamos preocupados com a segurança e seguindo as orientações da PM — afirmou Dal Zotto.

O esquema de policiamento está montado e, de acordo com o major Mauro da Silveira, do 22º Batalhão da Polícia Militar, contará com 200 policiais. Ele participou do encontro que discutiu o assunto, ontem, no Scarpelli, e fez um pedido especial aos torcedores. 
— Venham com o espírito desarmado — pediu.

Nesta quarta à tarde, o clube publicou um comunicado informando que os ingressos haviam esgotadas. Como 13,5 mil são reservados para os sócios, restaram 6,4 mil para as bilheterias e pontos de venda — o Scarpelli tem capacidade para 19.908 torcedores.