Na casamata adversária, a comissão técnica campeã mundial em Yokohama, no dia 17 de dezembro de 2006: Abel Braga, Leomir e Robertinho. Em campo, o volante Edinho e o atacante Rafael Sobis, bicampeão da Libertadores pelo Inter, que trocou o Beira-Rio pelas Laranjeiras há pouco mais de um mês.

Do lado gaúcho estarão os campeões mundiais Fernandão, agora diretor técnico, e Índio. O técnico interino do Inter, Osmar Loss, foi auxiliar de Enderson Moreira durante a Libertadores deste ano pelo Fluminense, enquanto o clube esperava que Abel se desligasse do Al Jazira e iniciasse os trabalhos no Rio.

O ataque do Fluminense, formado por Sobis (que marcou um gol sobre o Ceará, na goleada de 4 a 0, domingo) e Fred, receberá cuidados especiais da defesa do Inter. A ordem é evitar os cruzamentos para a área.

Abel foi procurado pelo Inter após as demissões de Jorge Fossati e Celso Roth

Encerrado o treino do Fluminense, ontem à tarde, nas Laranjeiras, ZH conversou por telefone com o técnico Abel Braga. Campeão mundial e da Libertadores com o Inter, ele acredita que se emocionará ao entrar ao ver o Inter como adversário pela primeira vez após Yokohama. Aposta que um dia retornará ao clube e quer encontrar Fernandão para abraçar o seu capitão em 2006.

Zero Hora – Você enfrentará o Inter pela primeira vez após os títulos de 2006. Imagina como será a sua reação?

Abel Braga – (suspiros) Sinceramente, não sei o que vou sentir. Três times moram no meu coração: Inter, Fluminense e Ponte Preta. Torço para eles, sempre. O Inter mora no meu coração, acredito que vou me emocionar durante o jogo, mas será uma pedreira danada. O curioso é que antes de ir para o Inter, fui adversário justamente como técnico do Fluminense, em 2005 (2 a 2 no Beira-Rio, um dia após a informação que o Brasileirão estava sob suspeita, por suposta manipulação de 11 partidas pelo árbitro Edilson Pereira de Carvalho).

ZH – Você projeta um retorno ao Inter no futuro?

Abel – É bem provável. Já estive para voltar em duas oportunidades. No ano passado, o Fernando Carvalho jantou comigo, no Rio, e disse que o Jorge Fossati sairia (já classificado à semifinal da Libertadores, o técnico uruguaio caiu após sofrer uma virada por 3 a 2 do Vasco, em São Januário). Não pude aceitar porque ainda tinha contrato com o Al Jazira. Aí, contrataram o Celso Roth, que já estava merecendo um grande título. Voltei a ser procurado pelo Inter agora, quando o Roth saiu. Mas eu já estava apalavrado com o Fluminense, que me esperou três meses, e sou grato por isso.

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Próximos jogos:
Fluminense x Inter – 04/08
Inter x Cruzeiro – 07/08
Independiente x Inter – 10/08

 

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