Apesar da derrota do Avaí por 3 a 1 para o Inter, na noite da última quinta-feira, o técnico Alexandre Gallo ressaltou que foi uma grande partida. O comandante reconheceu que o time gaúcho é um grande adversário e que soube pressionar o Leão. Gallo também citou que o time azurra perdeu muito com a saída do volante Bruno, que deixou o campo lesionado:

— A leitura jogo que a gente faz é muito clara. Em função de uma mudança, que acabou não dando certo, um jogador (Bruno) nosso muito importante saiu por problema de lesão, sentindo muito o braço, e eu tinha que tirar ele por causa do cartão amarelo também. Mas a análise principal é o que o adversário, em dois lances, virou o jogo em cima da capacidade técnica. Não deu para a gente marcar. Nós fizemos de tudo para fazer um grande jogo em cima da marcação, trabalhamos a semana para isso e conseguimos, só que o adversário tem uma qualidade muito grande e contra a qualidade fica difícil você superar às vezes. O time deles foi muito bem, principalmente depois da saída do Bruno, o Inter tocou  muito bem a bola — disse Gallo, em entrevista coletiva após o confronto.

Para o treinador, o Inter foi adversário mais forte que o Avaí já enfrentou sob seu comando no Brasileirão:

— Foi um grande jogo porque enfrentamos um grande adversário, o mais forte até agora sob o meu comando. Para jogar contra um grande clube como é o Internacional, de grande capacidade, tem que se preparar muito psicologicamente, sempre forte, porque se abrir um pouquinho, um jogador desse nível mata o jogo. E foi o que aconteceu.

Confira os principais trechos da entrevista de Gallo:

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Pressão e mudanças

— Nós estávamos tomando uma pressão muito grande que é natural, de uma grande equipe. A tentativa foi tirar o time um pouquinho lá de trás. Se eu coloco um zagueiro, as coisas iam continuar da mesma maneira sem a capacidade de velocidade que o Bruno tem de fazer a marcação. A ideia foi justamente colocarmos mais um meia, não mudarmos o sistema. Só trocamos a peça, no lugar do Bruno, faria o Diogo Orlando. No do Diogo Orlando, faria o Pedro Ken. E no lugar do Pedro Ken faria o Leandrinho, que é um jogador mais leve, mais rápido, para tentar chegar na frente com um pouco mais de capacidade. Então eu queria também dar essa chance do time jogando em casa, não tomar um sufoco tão grande porque o grande cara da nossa marcação iria sair.

Bola pra frente

— A gente tem que seguir firme e forte. Não existe outra possibilidade. Porque eu acho que se você falar em evolução, nós estamos conversando aqui que mais de 75% da partida o time jogou dentro do que esperávamos.

Estreia de Dirceu

— Dirceu acho que fez uma boa estreia, jogou bem, foi firme enquanto pôde. É claro que o Bruno dá uma sustentação defensiva muito importante e depois nós tentamos nos arriscar porque tínhamos que arriscar jogando em casa, perdendo o jogo. A coisa abriu e tomamos o terceiro gol de uma maneira já normal dentro do futebol, porque estava todo mundo para a frente. Acho que o Dirceu se apresentou bem, ele tem uma boa bola aérea, sem um pouco de ritmo de jogo, o que é normal. Acho que o Leandrinho sentiu um pouco mais, é um jogador que vai ser importante para a gente, tenho certeza, vai trabalhar muito para que possa evoluir. Sentiu o ritmo de jogo. Esse problema de remontagem você tem que passar por isso, entender e continuar trabalhando porque só colocando em campo o jogador pode ter evolução.

Acleisson e Thiago Salles

— Ainda na questão física o Thiago Sales está aquém, tanto que vamos ter recuperação passiva amanhã (sexta-feira) e sábado, e seis jogadores vão estar trabalhando esses dois dias para tentar deixar o grupo mais homogêneo. Nós estávamos jogando com Pedro Ken, com Orlando, com Bruno e Batista. Quatro jogadores que fazem a função de volante e também de meia, no caso do Pedro Ken e do Batista. Então se perdêssemos um, teríamos três e jogando em casa a premissa é tentar vencer. Por isso tentamos ser o mais ofensivos possível diante da necessidade, mas quatro jogadores dessa posição dão sustentação durante o jogo.

Botafogo, o próximo adversário

— O Avaí necessariamente tem que pontuar sempre. Estamos numa situação que precisamos vencer sempre, se não vencer precisamos buscar pontos, sem se atropelar, sem se abrir, sabendo da nossa capacidade e que os adversários são fortes também. O Botafogo também acabou perdendo o jogo dentro de casa e com certeza vai vir para cima da gente com tudo. Temos que ter bastante tranquilidade para esse jogo. Armar a equipe taticamente de uma maneira que possa segurar a onda e também tentar vencer, como fizemos contra o Atlético-PR, contra o Atlético-GO e contra o Grêmio. Da mesma maneira nós vamos contra o Botafogo — encerrou.

Avaí e Botafogo se enfrentam na quarta-feira, 27, às 19h30min, no Rio de Janeiro.

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