Quem vê o jeitão discreto de Julinho Camargo mal imagina o quanto o novo técnico do Grêmio muda quando está em campo. Este porto-alegrense de 40 anos faz da intensidade um estilo, nos treinos ou nos jogos. Ficar parado não é com ele.

— Agora ele está mais calmo. Ele era mais espoleta — diverte-se Ivan Soares, auxiliar técnico que o acompanhou no Caxias e no Novo Hamburgo antes da chegada ao Olímpico, no sábado.

Julinho e Ivan, depois do treino de ontem, no Olímpico, assaram um churrasco no prédio onde vive o técnico, na Capital. Aproveitaram para discutir opções e planejar novas conversas. Os papos marcados são pela ponderação, porque Julinho é avesso a explosões. Costuma blindar o vestiário, sem reclamações públicas. Mas sabe que lidar com o Grêmio será bem mais difícil do que ser auxiliar no Inter. Por isso, a ideia de dialogar.

Julinho angariou experiência desde os tempos de ala no futebol de salão, carreira que não levou adiante. Criado em família de classe média, nos anos 90 já trabalhava nas categorias de base da Dupla. Em 2001, participou do RS Futebol, com Paulo Cezar Carpegiani — uma de suas grandes influências. Depois do RS, onde comandou jogadores como Naldo, Ederson e Thiago Silva, aceitou convite de Carpegiani para auxiliá-lo na seleção do Kuwait.

Trabalhariam novamente juntos em 2009, no Vitória, na primeira experiência de Julinho como auxiliar de um time da Série A. Vinha de quatro anos na base do Grêmio e deixou o clube por uma chance no profissional. Depois do Vitória, treinou Caxias e Novo Hamburgo, de onde saiu para auxiliar Falcão, no Inter.

Leia o que diz o ex-gremista Lucas Leiva, hoje no Liverpool e na Seleção Brasileira, sobre Julinho na edição desta segunda de Zero Hora.

>> Confira

Simulador de classificação
Faça suas previsões rodada a rodada e confira como seu time fica na tabela de classificação do Brasileirão 2011

 

Histórico de desempenho
Confira como foi o seu time nas últimas edições do Brasileirão e compare o desempenho com o de outras equipes em gráficos