Campeão brasileiro com o Atlético-MG, em 1971, e com o Inter, em 1976, o ex-centroavante Dario, o Dadá Maravilha, será um atento assistente de Atlético-MG e Inter, a partir das 21h, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

Amigo de Falcão, com quem atuou no Beira-Rio em 1976 e em 1977, ele entende que o técnico precisa se espelhar em Rubens Minelli, bicampeão brasileiro com o Inter, para tornar-se um treinador de ponta.


Falcão encontra Dadá Maravilha em Belo Horizonte
Foto: Alexandre Lops, Divulgação

Ídolo nos dois clubes, Dadá é comentarista da TV Alterosa e colunista do jornal Aqui. Aposta em um empate no clássico de dois times com problemas semelhantes.

Ao amigo Falcão

“Sou amigo e fã do Falcão, mas acho que ele ainda pode evoluir como treinador. Mesmo à distância, ele me parece muito sério, pesado, distante até. Precisa ser um cara mais agradável com os jogadores. Sempre que vejo, ele está sério demais, distante, pesado até.

Falcão deveria copiar um pouco o mestre Minelli neste ponto. Ele era adorado por todos nós. Ninguém conhece mais futebol do que o Falcão. Ser campeão é questão de estrela, ao treinador cabe ter inteligência para ganhar os caras. São eles que decidirão os jogos. Assim que Falcão se lembrar dos ensinamentos de Minelli, será um técnico de ponta.”

Ao nocaute, Inter

“Tenho assistido a videoteipes do Inter e vi todo o Inter 0x1 Ceará. Fiquei decepcionado. O Inter me pareceu aquele pugilista que bate o tempo todo no adversário, mas, sem força, não consegue derrubá-lo. Um time sem a pegada do gol. Domina o jogo e não consegue defini-lo.”

Atlético de papel

“É o time de papel, o time da teoria. Parece um timaço, porém, não consegue jogar. A torcida cobra raça e eles correm com a bola. É uma equipe que não consegue parar para pensar, tenta fazer tudo de afogadilho. Atlético e Inter são dois times muito parecidos: criam chances de gol e erram demais. Por isso não estão entre os líderes do Brasileirão. Por estes erros em comum, acredito em empate.”

O giro de Damião

“Adoro ver Leandro Damião em campo. Mas, se eu encontrá-lo aqui em Belo Horizonte, darei umas dicas a ele. Damião precisa treinar mais o giro de corpo. Ainda está durão. Ele precisa ter aquela coisa que eu tinha, de dar um tapa na bola, tirar o zagueiro do lance e já bater. O goleiro nem pula. Damião é forte e, por isso, gira lentamente. Sei como é isso porque fui me aprimorar somente aos 26 anos.

Se ele corrigir este probleminha, será titular absoluto da Seleção Brasileira, anos-luz à frente de Fred, Pato e companhia. O que diferencia o Damião dos demais é o fato de ele ser faminto por gol. Girando corretamente, vejo ele superior a todos os demais.”

A gordurinha de Daniel

“Sempre gostei do Daniel Carvalho no Inter. É craque, mas tem uma gordurinha localizada que não sai de jeito nenhum, e isso o prejudica. Está pesadão, teria que perder uns cinco quilos para voltar a ser o Daniel de antes. Ainda assim, joga no Atlético porque é acima da média.”


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