O camisa 23 da Seleção Brasileira na última Copa do Mundo fez uma visita ao Arruda na segunda-feira. O atacante Grafite, novo reforço do Al Ahli, dos Emirados Árabes, declarou que pode encerrar a carreira no Santa Cruz, clube que defendeu em 2001.

– Sempre passa na minha cabeça voltar ao Santa. Todo dia nas ruas o pessoal me cobra para eu voltar. Seria muito bom jogar no Santa Cruz mais uma vez, encerrar a carreira aqui. Tenho dois anos de contrato e quem sabe... O amanhã a Deus pertence. Quero voltar com condições físicas, não quero me arrastar aqui. Depois do fim de meu contrato, estarei com 35 anos – disse o atacante, que assinou vínculo de duas temporadas com o Al Ahli.

Mesmo de longe, na Alemanha, enquanto defendia o Wolfsburg, Grafite comemorou o título do Campeonato Pernambucano conquistado pelo coral nesta temporada.

– Vibrei com o título do Pernambucano. Parabenizei o elenco, a diretoria e o treinador. Vejo com orgulho, confiança de que o Santa Cruz volte aos seus dias de glória. Vamos torcer para que o Santa, em 2014, no ano do centenário, esteja na Série A. Podemos sonhar e vamos torcer para isso – declarou ao site oficial do Tricolor.

Nascido em São Paulo, Grafite tem esposa pernambucana. O jogador, apesar de iniciar a carreira na Matonense, considera-se um prata-da-casa do coral, pois chamou a atenção em todo Brasil vestido a camisa tricolor.

Na sua passagem pelo Santa, Grafite viveu altos e baixos. Era elogiado pela torcida pela raça demostrada em campo, mas era criticado por perder muitos gols. Porém, em 2002, começou a fazer sucesso nacionalmente no Grêmio. No ano seguinte, seguiu para o futebol coreano e, ainda em 2003, jogou no Goiás.

Após passagem de sucesso no Esmeraldino, Grafite foi ídolo no São Paulo, após conquistar a Libertadores, o Mundial e um Brasileirão. Em 2007 chegou ao Le Mans, da França, e recentemente abandonou o Wolfsburg, da Alemanha, onde foi convocado por Dunga para a Copa do Mundo da África do Sul.