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 | 21/06/2011 11h42min

Polícia quer ouvir amigo de Dudu que sobreviveu ao acidente em Florianópolis

Delegado acredita que jogador assumiu o risco pelo acidente por não ser habilitado

O delegado que assumiu a investigação do acidente envolvendo o atacante Dudu do Figueirense, Jaime Martins, deve intimar o amigo do jogador Leonardo Gomes Barbosa para prestar depoimento nos próximos dias. Barbosa estava no banco do passageiro do veículo dirigido por Dudu e foi quem provavelmente tirou o jogador do carro.

Eduardo Francisco da Silva Neto, o Dudu, também deve ser reinquirido. Segundo o delegado, alguns pontos de depoimento prestado por ele no dia do acidente não ficaram claros, como a quantidade de bebida ingerida.

— Ele falou em cerca de 10 garrafas de cerveja, precisamos saber se isso foi consumido por todo o grupo ou apenas por Dudu — explica Martins.

Uma jovem que foi levada para casa por Dudu e os amigos também deve ser ouvida. Conforme a investigação, o grupo saiu da cervejaria Original, em São José perto do shopping Itaguaçu, e foi até o Sul da Ilha de Santa Catarina para levar a jovem em casa. Na volta, houve o acidente na Via Expressa Sul.

Em depoimento após o acidente, Dudu disse que não se lembra do que houve, apenas de ter sido resgatado, possivelmente por Leonardo Barbosa.

O acidente

O acidente foi na madrugada de domingo. Dudu dirigia sem habilitação e perdeu o controle do carro em que estava com mais quatro pessoas. Ele e Leonardo Barbosa não se feriram.

Duas pessoas morreram e tiveram os corpos carbonizados quando o carro pegou fogo. Emerson Neves chegou a ser encaminhado para o hospital com traumatismo craniano, mas morreu horas depois.

Delegado entende que houve dolo eventual

Logo após a batida, Dudu foi detido e levado para a Central de Polícia da Capital. Depois de ser ouvido, ele pagou fiança e foi liberado. O delegado de plantão na ocasião, Ricardo Guedes, o autuou por homicídio culposo, sem a intenção de matar.

Apesar de entender que naquele momento não havia provas suficientes contra o jogador, o delegado Jaime Martins acredita que o Ministério Público acuse o atleta por homicídio com dolo eventual.

— Ele não teve a intenção de matar, mas assumiu o risco por não ser condutor habilitado — afirma o delegado.

A polícia aguarda os laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP) para concluir o inquérito. Com base neles, será possível saber se as duas primeiras vítimas morreram devido ao impacto da batida ou queimadas.

DIÁRIO CATARINENSE
 
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