Os aplausos dos alvinegros pela passagem dos 90 anos do clube, aniversário comemorado no último domingo, se estenderam ao atacante Aloísio, 22 anos. O jogador, que brilhou na Chapecoense e foi um dos reforços do Figueira para a Série A, marcou seu primeiro gol com a camisa do clube, sábado, em São Januário, e garantiu o 1 a 1 com o Vasco.

Foi como um presente. O Furacão havia comemorado a data, durante o dia, com o tradicional carreteiro alvinegro, no Orlando Scarpelli. Para completar, esperava uma vitória sobre os vascaínos, que também faziam festa pela conquista da Copa do Brasil. Conseguiu um empate, que, pela circunstâncias do jogo, teve um sabor especial: Aloísio marcou aos 44 minutos do segundo tempo, momento em que o Vasco já tinha a vitória como certa e valorizava a posse de bola.



Aloísio não escondeu a alegria. Chamado de Gladiador em Chapecó, ele ainda não havia balançado a rede pelo Figueira e se sentia incomodado por não ter correspondido nas outras duas vezes em que esteve em campo.

— Foi um alívio. Eu precisava desse gol e graças a Deus tive essa felicidade — disse o jogador, no domingo, ao desembarcar em Florianópolis.

Morando sozinho em um apartamento, ele aproveitou a tarde de domingo para descansar e se recuperar de dores musculares. A segunda-feira não será diferente. Ele também espera tirar algumas horas de sono, pois admitiu que demorou mais que o habitual para dormir depois de ter marcado o gol de empate no Rio.

O telefone não parou de tocar. Amigos e familiares queriam parabenizá-lo pelo gol. Ele agradecia e dizia estar muito feliz por ter contribuído para que os alvinegros tivessem um dia feliz no aniversário de 90 anos do clube.

Torcida satisfeita

A torcida está feliz. O corretor de seguros Lúcio Botelho, 50 anos, não teve dúvidas ao escolher a roupa para domingo. Com a camisa do Figueira, ele passeou com a filha Larissa, de um ano e oito meses, no Parque Coqueiros.

— Um golzinho no final é sempre melhor quando é a nosso favor — disse.

A programação oficial do aniversário chegou ao fim no domingo, com uma missa celebrada pelo padre Primm na Capela Nossa Senhora Aparecida, no Scarpelli. O clube também incentivou os alvinegros a saírem nas ruas vestindo as cores do time.

— Visto essa camisa com orgulho — disse Botelho.