Pelo alto, pelo chão, de pênalti ou de falta. O fato é que o Grêmio levou gols em praticamente todos os jogos que disputou até agora em 2011. A última vez que o adversário não balançou a rede tricolor foi no dia 07 de abril, contra o Junior de Barranquilla, na vitória de 2 a 0 pelo Libertadores, no Estádio Olímpico.

Essa situação só se repetiu oito vezes no ano. Nas demais 25 partidas, os rivais marcaram no Grêmio. No total, foram 41 gols sofridos em 33 jogos, uma média de 1,24 gol por jogo. Somente nos últimos quatro compromissos pelo Gauchão, foram oito conclusões que Victor ou Marcelo Grohe não conseguiram evitar.

O conceito ofensivista do técnico Renato pode explicar o expressivo número de gols sofridos. Segundo ele, se a defesa do Grêmio vaza, o ataque muitas vezes compensa. Os números também dão razão ao técnico. Foram 64 marcados em 33 jogos.

Já no começo do ano, a defesa era um tormento para o técnico gremista. Na partida contra o Cruzeiro, em fevereiro, Renato esbravejou contra o sistema defensivo:

— É inadmissível tomarmos um gol de um jogador daquela altura da marca do pênalti. O segundo gol ainda vai. O Léo é um jogador alto, que pula bem. Mas o primeiro gol não poderia ter acontecido. É falta de atenção ou então pensaram que, porque é baixinho, não vai cabecear. Isto tudo serve de exemplo — disse.

Mas o exemplo não serviu. Contra o mesmo Cruzeiro, dessa vez pela semifinal da Taça Farroupilha, outros dois gols pelo alto e o risco da zaga ameaçada. Na ocasião, Renato preferiu enaltecer os atacantes:

Titular absoluta da zaga, Rodolfo viu o seu companheiro de setor mudar algumas vezes. Rafael Marques foi o dono da vaga durante boa parte do primeiro semestre, mas perdeu a posição para Vilson na reta final do Gauchão. Neuton também já foi utilizado, mas não aprovou. Agora, a direção corre contra o tempo para reforçar o time e estancar um dos problemas que custaram os títulos da Libertadores e do Gauchão.

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