O primeiro título de um ídolo ex-jogador agora como treinador. Cercado por dezenas de microfones, um Falcão quebrou o protocolo pessoal de uma pessoa fria e apareceu na sala de imprensa do time visitante do Olímpico emocionado. Com olhos brilhantes, chegou a engasgar ao responder questões dos repórteres: se lavou em emoção ao falar do título do Gauchão.

— São duas grandes instituições. Equipes que representam a nata do futebol brasileiro. É um dia especial para todos. Semana difícil, de confusões desnecessárias — afirmou, antes de destacar:

— Não lembro de dois Gre-Nais seguidos que tenham acontecido 10 gols. Duvido que alguém não tenha gostado.

Foto: Jefferson Botega

Falcão não participou da premiação. Nem quis ir receber a medalha de campeão. O motivo: estava emocionado demais para isso e preferiu comemorar de forma reservada.

— É uma emoção que não dá para medir em palavras .Título conquistado do time que eu me criei, o Inter. Na casa do adversário, com toda essa história do Grêmio é diferente. Não tenho coisas que faça sempre igual. Minha comemoração no vestiário foi extremamente emocionado. É uma coisa que não tem como explicar. Fui para o vestiário, falei comigo mesmo, com pessoas que não estão mais aqui — desabafou.


Leia mais
>> Confira a crônica da grande decisão
>> Veja como foi o Gre-Nal que decidiu o título
>> Confira fotos do jogo
>> As crianças no gramado do Olímpico
>> Ouça os gols da partida

— Sempre fui bem recebido aqui no Olímpico quando vim trabalhar. Pelo respeito que tenho pelo torcedor, apenas fiquei olhando para eles. Não merecia aqui, mas apenas olhei para eles no sentido "estou aqui para ganhar" — contou.

Falcão não quis se programar para o futuro. Quer "curtir" o título:

— A partir de terça, começaremos a projetar o que vem daqui pra frente.


>> Confira o álbum virtual dos campeões: