No domingo passado, Renato chorou durante sua entrevista coletiva após o Grêmio vencer o Inter por 3 a 2, no Beira-Rio, ao lembrar de sua mãe, Dona Maria, no Dia das Mães. Ela morreu no início do ano passado. Uma semana depois, mais um jogo, mais uma entrevista, mais lágrimas. Desta vez, pela perda do título, e por se colocar no lugar do torcedor.

Depois de ver o adversário igualar o placar e levar a partida decisiva pelo Gauchão para os pênaltis e ver os colorados levantarem a taça em pleno Olímpico, ele não conseguiu se segurar.

– Acima de tudo (técnico começa a chorar)... Prometi que não ia chorar... O torcedor está de parabéns pela festa que fez, pelo incentivo. É lógico que o sentimento do torcedor é o meu sentimento. Não é por eu ser só gremista, é porque o grupo merecia, é o grupo que trabalhou junto, preparei o grupo para ser campeão – disse o treinador.

Para Renato, faltou mais sorte ao Grêmio. Com a bola rolando, o técnico não viu inferioridade da sua equipe. Ele lamentou, apenas, ter levado o terceiro gol da forma que foi.

— Merecíamos uma sorte maior? Acredito que sim. Mas foi para os pênaltis, e perdemos — comentou.

— O terceiro gol não tem como explicar. Tomamos um gol de lateral. Time que quer ser campeão não pode dar esse mole para o adversário — completou.

Triste pelo resultado, o treinador, que teve a companhia da filha Carolina Portaluppi no Olímpico, viaja para o Rio de Janeiro já na noite deste domingo para esfriar a cabeça e descansar. Todo o grupo ganha folga e volta aos trabalhos na quarta-feira.

— Eu faria tudo de novo. O Grêmio foi bem, criou, e não teve sorte para matar o jogo — avaliou ele.