Eliminado da Libertadores, derrotado no Beira-Rio pelo Grêmio, o Inter começava a semana Gre-Nal abatido, quase desacreditado. Soma-se a esses fatores a notícia veiculada na última quinta-feira de que o Mazembe, algoz colorado no Mundial, estaria chegando ao Brasil para um período de treinamentos.

As gozações gremistas sobre o time de Kidiaba estavam de volta, atormentando os vermelhos. Segundo o vice-presidente de futebol do Inter, Roberto Siegmann, todas essas más recordações serviram como combustível para a reação que culmimou no título gaúcho neste domingo.

— Só tenho que agradecer a quem levantou o nome do Mazembe — disse o dirigente após a vitória colorada nos pênaltis, no Olímpico. — Espero que sempre falem neles em semana de decisão. Isso facilita o nosso trabalho no vestiário.

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Renan não só abordou o tema Mazembe como comemorou com a dança à la Kidiaba, em frente aos torcedores do Grêmio (foto abaixo). Mas, além de absorver as piadas sobre o Mundial, Siegmann lembrou aos repórteres que precisou "recuperar a auto-estima" dos jogadores no vestiário durante a semana que antecedeu o clássico.

Foto: Mauro Vieira

Um trabalho que, segundo ele, foi premiado neste domingo com a conquista estadual. Para o dirigente, não houve aquela turbulência após o gol inaugural de Lúcio no primeiro tempo, ao contrário dos jogos contra o Peñarol e o primeiro Gre-Nal.

— Não tem mistério, nem mágica, temos que trabalhar — receita. — Jogamos com raça e determinação e não nos abatemos com os gols.

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