| 07/05/2011 19h17min
A proteção de Santa Bárbara está para os mineiros assim como as bênçãos de Nossa Senhora de Caravaggio estão para o Criciúma. A ligação entre a extração de carvão e o futebol da região de Criciúma é tão estreita e antiga que resultou em paixão. O minério colore a camisa do Tigre até hoje, e alguns técnicos que passaram pelo clube e recorreram a Nossa Senhora de Caravaggio acabaram fazendo da santa um amuleto do clube.
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Dessa forma, os apaixonados torcedores, como o aficionado mineiro Gilberto Rocha Machado, 53 anos, acreditam que as conquistas da Copa do Brasil de 1991, do Brasileiro da Série B de 2002 e do acesso à Série B, no ano passado, têm o dedo da padroeira do Distrito de Caravaggio, município de Nova Veneza.
Para garantir sucesso também na tarde deste domingo, dia 8, em sinal de fé, o dedicado mineiro torcedor foi vestido com o uniforme de trabalho ao santuário de Nossa Senhora de Caravaggio pedir o que a nação tricolor também quer: que ela abençoe os atletas.
— Nunca é tarde para orar. Se ela nos der o resultado que queremos, prometo que volto para agradecer e vou trazer flores perfumadas e velas — disse, ajoelhado aos pés da imagem.
Gilberto foi tesoureiro da primeira torcida organizada do Tigre, a Força Tricolor. Passou a organizar um arquivo tricolor digno de ocupar um lugar no futuro museu do Criciúma. Tem até um diploma do torcedor campeão que foi encartado, em 1991, no Diário Catarinense.
— Hoje a equipe do Edson Gaúcho tem que se comportar como um mineiro e se basear na nossa luta diária. E fé na santa! — pediu Gilberto.
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