Na véspera do Gre-Nal que decidiu a Taça Farroupilha, cerca de 15 torcedores entraram no campo no final do treino do Grêmio para cobrar os jogadores. No Chile, quando a delegação deixou o Estádio San Carlos de Apoquindo após a derrota para a Universidad Católica, mais pressão em volta do ônibus. Cenas estas que não mudarão a rotina do clube. No sábado, às 9h30min, os portões do Olímpico estarão abertos para torcida e imprensa.

O técnico Renato condenou a atitude dos torcedores de invadirem o campo durante o treinamento, mas ao mesmo tempo afirmou que não houve tumulto. Eles queriam era dar força aos jogadores, segundo o treinador.

— Quando a torcida entrou aqui no campo, fui falar com eles. Eles vieram dar força para a gente. Sempre acham que eles vão entrar para tumultuar, mas eles conversaram, deram força. Não pode acontecer, claro, eles têm que ficar na arquibancada, e os jogadores no campo — comentou.

Antes de clássicos e jogos decisivos, é tradição da torcida ir em peso ao último treino para apoiar o time. Renato quer que os gremistas continuem comparecendo.

— A torcida pode vir, vai ser bem recebida. Peço que eles venham de novo, e apoiem, como sempre — convocou o treinador.

Os torcedores, que já vinham cobrando melhores atuações da equipe tricolor com mais força desde o vexame dado na Bolívia, na derrota por 3 a 0 para o Oriente Petrolero, que já estava eliminado na Libertadores e jogou com cinco reservas. Com a desclassificação do Grêmio na competição, e a perda do título da Taça Farroupilha para o Inter, a pressão aumentou.

Renato entende a preocupação da torcida, e por isso faz questão de, mais uma vez, garantir o foco do grupo na conquista do Gauchão. Mesmo que isso não apague a eliminação na Libertadores.

— Não apaga da noite para o dia, mas é lógico que o torcedor vai ficar mais feliz. E título é título, ainda mais sobre o maior rival. Vamos trabalhar para conquistar esse título — afirmou.