A realização de jogos pela Copa das Confederações de 2013 em São Paulo depende da conclusão das obras do Fielzão, o estádio do Corinthians, a tempo. Foi um pedido do ministro dos Esportes, Orlando Silva, ao presidente da Fifa, Joseph Blater. A informação foi dada na manhã desta sexta pelo político brasileiro durante seminário realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo.

— Pedi ao Joseph Blater (presidente da Fifa) para que, se o estádio do Corinthians não ficar pronto a tempo da Copa das Confederações, que a competição não aconteça em São Paulo — disse o ministro, que ainda recusou qualquer hipótese do Morumbi, estádio do São Paulo, ser usado como possível sede para a competição, que acontece em junho de 2013, um ano antes da Copa do Mundo.

Para Orlando Silva, é necessário ter pressa. O ministro revelou que alguns dos projetos apresentados para o Fielzão já estão vetados, pela falta de tempo para que sejam concluídos.

— Dos 100 projetos que existem, alguns não dá mais tempo de concluir. Há projetos que não vão acontecer — declarou.

Agora, a dúvida é quanto à desapropriação da população do bairro de Itaquera, na Zona Leste, onde será ampliada a avenida que dará acesso ao futuro estádio corintiano. Vários deputados se posicionaram contra a medida. Outros pontos sobre as obras também foram discutidos.

O evento desta sexta também contou com as presenças do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, mas foi esvaziado pelas ausências do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e do presidente do Comitê Paulista para a Copa do Mundo, Emanuel Fernandes.

O presidente alvinegro aproveitou o ato na Assembleia para projetar o início das obras do estádio para maio. A previsão contradiz o que disse o diretor de marketing do clube, Luis Paulo Rosenberg, que, nesta quinta, disse que a construção começaria apenas em junho.

Andrés Sanchez disse estar tranquilo quanto à realização da arena. Após o evento, o presidente corintiano afirmou que se dispõe a conversar com uma comissão de moradores de Itaquera para ajudar na questão da desapropriação. Mesmo assim, o mandatário corintiano afirmou que "não há bônus sem ônus".

Sanchez: "Já era"

Ao término do ato, Andrés Sanchez reforçou o discurso de Orlando Silva. Projetando a conclusão das obras do Fielzão para uma data próxima ao início da Copa, em 2014, e ciente do pedido do ministro a Joseph Blatter, o mandatário corintiano excluiu a cidade de São Paulo da Copa das Confederações. Andrés também afirmou que a arena já teria saído do papel se não fosse pelo projeto aumentado, para receber a abertura.

— Copa das Confederações em São Paulo já era. Poderia ser o estádio do Palmeiras, mas pelo que eu estou vendo, já era. Se não fosse pela abertura, as obras já tinham começado há muito tempo. Nunca pedi a abertura, as obras complicaram tudo — garantiu.