O "ás" é uma das cartas mais importantes do baralho ou então pode definir alguém que é exímio em determinada atividade. O técnico Mauro Ovelha pode ser considerado um ás do Campeonato Catarinense, afinal, ele está em sua quinta final em apenas oito anos de carreira, sendo três consecutivas.

Tudo bem que em 2010 ele chegou no Joinville quando o time do Norte já estava na final. Mas, nas outras quatro decisões,  pelo Atlético, de Ibirama (2004 e 2005), e Chapecoense (2009 e 2011), o técnico foi o responsável por levar à decisão times que não estavam entre os favoritos — se alguém dissesse que disputariam o título, poderia ser considerado um blefe.

O técnico mostra que sabe utilizar as cartas que tem na mão. Na final do returno, quando estava perdendo por 2 a 0 para o Avaí, sacou da manga Everton Cezar, Neném e Diogo Roque. Com isso o Leão, que estava pifado para ganhar o jogo, acabou surpreendido e perdeu a partida.

Para Ovelha, é preciso trabalho contínuo, motivação de vestiário, formação de um grupo coeso e que todos estejam com o mesmo pensamento. E contar com algum coringa no banco.

Uma das virtudes do técnico é a persistência. Mesmo tendo perdido todas as outras finais, ele segue confiante que seu trabalho será premiado.

— Tem gente que acha que ser vice é crime, eu acho que é um bom desempenho —  rebateu.

Ovelha lembrou que já tem uma Copa Santa Catarina e uma Recopa, ambas conquistadas em 2007, pelo Marcílio Dias. E também ganhou um Catarinense como jogador, pelo Criciúma, em 1986. Além de acessos por Blumenau (1987), Atlético, de Ibirama (2001), e Concórdia (1991). Falta o Catarinense para ele chegar a ser o Rei do Baralho. Ovelha está esperando a cartada final. Façam suas apostas.