Notícias

 | 02/05/2011 10h03min

Torcedores de Chapecoense e Avaí dão exemplo de civilidade no Oeste

Rivalidade entre os dois times ficou restringida ao jogo em si

Darci Debona  |  darci.debona@diario.com.br

Em dia que começou com céu cinzento, o verde e branco predominava em Chapecó. Nas sacadas das casas e dos apartamentos, as bandeiras indicavam que não era um dia normal. Aos poucos foram surgindo nas ruas as camisas verdes, mesmo algumas estando um tanto escondidas pelos casacos necessários para enfrentar o frio.

• Assista aos gols do jogo no site da RBS TV
• As fotos da decisão
• Confira a galeria de fotos da torcida da Chapecoense
• A galeria de fotos da torcida do Avaí

Carros passavam com bandeiras verdes, enquanto alguns avaianos também desfilavam tranquilamente com seus uniformes azuis. Os avaianos Reinaldo Santos e Ricardo Soares comeram churrasco e tomaram cerveja junto com os chapecoenses Ademar Kaminski e Fernando Filipini.

— A recepção foi muito boa e a rivalidade é na bola — disse Soares.

Os torcedores se prepararam como se fossem para uma festa. Francieli Mioto pintou dois corações verdes no rosto com as inicias de Associação Chapecoense de Futebol, pintou o cabelo e foi com a bandeira e a camiseta autografadas.

— Consegui os autógrafos num treino — disse.

Ricardo Andrioli pintou as unhas de verde, pegou seu gorro da Chapecoense e até uma capa amarela para o caso de chuva. Vinicius Taca levou meia hora para confeccionar um caixão de isopor com as cores do Avaí. Uma das atrações foi a TL 76 de Idemar Tiepo, toda em verde e com o símbolo da Chapecoense.

— Pintei ela em 2009 quando o time estava bem — afirmou Idemar, lembrando que naquele ano o Verdão do Oeste perdeu a final justamente para o Avaí.

O encontro entre os torcidas do Verdão e do Avaí, nos arredores do estádio, foi de muita cordialidade e uma provocação sadia. Um clima de festa no Índio Condá, antes, durante e depois da partida. A vitória da paz.

Reforço

A festa na arquibancada foi grande e, além de alguns índios estilizados, um indígena legítimo estava na torcida da Chapecoense. Vinte kaingangs da Aldeia de Toldo Chimbangue, em Chapecó, reforçaram a torcida verde. Para Roberto Rodrigues, líder da tribo, simbolizar o clube é motivo de orgulho.

DIÁRIO CATARINENSE
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.