O fim da participação do Figueirense no Estadual significou o início de outra caminhada. Nesta segunda-feira, 25, no dia seguinte à eliminação, começou a "operação Brasileiro". Entre as decisões, respostas aos principais questionamentos do torcedor alvinegro: a permanência do técnico Jorginho e a manutenção da aposta no atacante Lenny, que não deve ser "atingido" no processo de reformulação.

Os jogadores se reapresentam nesta terça-feira, dia 26, e no final de semana serão liberados para uma folga. No início da próxima semana, quando voltarem, o foco estará totalmente direcionado para a Série A. Quem não estiver nos planos pode não retornar, embora o departamento de futebol não tenha definido quando as dispensas serão comunicadas. Certo mesmo é que elas vão ocorrer. 

— É natural fazer uma nova reavaliação do elenco. Vai ter saída de jogadores e alguns chegarão, mas não vai ser nada radical — explicou o diretor de Futebol Marcos Moura Teixeira.

Ele prefere não falar em nomes, mas confirma a permanência de Lenny, embora o jogador não tenha estreado após idas e vindas ao departamento médico. Mesmo sem ter contado com o atacante no Catarinense, o clube acredita que ele estará recuperado e pode ser uma boa surpresa no Brasileiro.

— Se ele tivesse 100% desde o início, nem conseguiríamos trazê-lo porque o custo seria inviável. Não seria inteligente liberá-lo agora, que ele está praticamente recuperado — explicou o diretor. 

Além de recuperá-lo no aspecto físico, a preocupação é com a questão psicológica. Em entrevista, Jorginho chegou a dizer que ele só voltaria quando estivesse "completamente livre, inclusive na sua cabeça".  O professor de Psicologia do Esporte e Exercício da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Emílio Takase, explica que fatores emocionais podem interferir no processo de retorno.

— Vários fatores psicológicos podem influenciar na volta do atleta, como medo, desconfiança, ansiedade — disse, lembrando que o atacante tem um histórico complicado de lesões.

Além de Lenny, outros jogadores contratados como reforços (e que permanecem no clube) nem chegaram a atuar: o zagueiro Willian Rocha, o zagueiro Bruno Neves e o lateral-esquerdo Gareca. O último não estava inscrito no Estadual.