Ninguém tem dúvidas que o Scarpelli estará lotado domingo, quando Figueirense e Avaí decidem quem segue no returno e quem se despede no Estadual. Com o feriadão de Páscoa, as bilheterias do estádio fecham, o que deve intensificar a procura por ingressos no sábado, véspera da partida. Há a opção de comprar nos pontos de venda.

Quem não quis deixar para a última hora garantiu a entrada nos primeiros dias de venda. Ontem, o movimento foi constante. O alvinegro Adenir Silveira, 49 anos, é sócio do Figueira, mas foi ao local comprar ingressos para um amigo, acompanhado das estudantes Janniffer Fernandes, 15, e Kathlen Fraga, 12, que são consideradas suas netas. Ele é casado com a avó das meninas.

Seu Adenir acredita no mesmo placar do último duelo, na Ressacada, quando o Figueirense venceu por 1 a 0. Janniffer arrisca 2 a 1, enquanto Kathlen esbanja confiança com o palpite de 3 a 0.

— Somos vizinhos do Scarpelli e viemos em todos os jogos. Lógico que no clássico também estaremos aqui — disse Adenir.

A torcedora Caroline Pereira, 16 anos, esteve no Scarpelli por outra razão. Sócia do Figueira, ela tem entrada garantida, mas foi acompanhar o namorado avaiano Luiz Eduardo Laureano, 15, que comprou ingresso na bilheteria dos visitantes. Eles nunca discutiram por futebol e esperam que todos tenham esse espírito.

— Não tem essa de briga fora de campo — comentou Luiz, que espera uma vitória do Leão por 1 a 0.

O técnico Jorginho, do Figueirense, lembrou que é um grande amigo do técnico Silas, do Avaí. Domingo, eles estarão de lados opostos, mas nem por isso vão virar inimigos.

— Temos que entender quantos irmãos que um torce para o Avaí e outro para o Figueirense estão presentes. Eu e o Silas somos adversários, mas quando acaba o jogo continuamos amigos. Vamos torcer, reclamar, mas sem violência alguma – pediu.