A disciplina é um quesito que deu muita dor de cabeça para o então técnico Adilson Batista na Copa Libertadores do ano passado. Mas a lição foi aprendida pelos jogadores e, em 2011, com Cuca, o Cruzeiro dá exemplo fair play e ainda não teve nenhum jogador expulso na competição.

A meta é continuar desta maneira para não perder jogadores importantes nos jogos decisivos de mata-mata. 

— O professor Cuca sempre nos fala para termos cuidado na Libertadores, temos que estar concentrados ao máximo para não sermos surpreendidos no jogo. Temos o pensamento somente de jogar bola, e é isso que está acontecendo, por isso não levamos cartões vermelhos — explica o atacante Wallyson.

Não só na Libertadores, como em toda a temporada, o Cruzeiro se orgulha de não ter tomado nenhum cartão vermelho. Em 2010, a situação era diferente. Quatro jogadores diferentes foram expulsos, em um total de seis vermelhos.

O primeiro aconteceu contra o Real Potosí, com o experiente Gilberto. Ele foi reincidente contra o Vélez Sarsfield, na Argentina. Neste jogo, o zagueiro Gil também foi para o chuveiro mais cedo e a Raposa ficou no prejuízo, com uma derrota fora de casa.

Depois, foram Kleber, contra o Deportivo Itália, da Venezuela, e Leonardo Silva, contra o Nacional, do Uruguai. Já na partida contra o São Paulo, nas quartas de final, o Gladiador foi expulso de novo, e com apenas um minuto de jogo. A equipe acabou eliminada, no Morumbi.

O zagueiro Gil exalta a mudança de postura celeste em 2011 e sabe como é ruim prejudicar o time em busca da vitória.

— Com um jogador a menos tudo se torna mais difícil, então procuramos ficar atentos para não levar cartão vermelho e prejudicar a equipe. O Cuca pede pra ficarmos concentrados para não sermos expulsos. Temos que contar até três, diante da catimba, das provocações, ainda mais como é normal na Argentina — alerta o defensor.