Notícias

Esportes  | 10/04/2011 21h22min

Ídolos na casamata: Heróis que reencontraram a torcida como técnicos

Dupla Gre-Nal e clubes europeus já fizeram a experiência de ter um dos principais jogadores da história comandando as equipes

O Inter confirmou neste domingo: Paulo Roberto Falcão será o novo comandante da equipe. Mas não é de hoje que um clube busca um dos grandes nomes de sua história para ser o treinador. Os resultados são os mais variados possíveis, dependendo da competência do profissional em manter sua relação de idolatria com a torcida e da estrutura que ele encontra. O holandês Johan Cruyff, por exemplo, se firmou ainda mais como ídolo do Barcelona após treinar a equipe por oito anos. Já o romeno Gheorghe Hagi não teve a mesma sorte, ficando apenas três meses no comando do Steaua Bucareste. O próprio Inter já fez a experiência, e tem no arquirrival Grêmio um exemplo de ídolo alçado à condição de treinador.

>> Ouça o programa apresentado neste sábado por Falcão

Confira abaixo cinco exemplos de ex-jogadores que viraram treinadores de clubes dos quais são ídolos:

Figueroa no Inter

Foto: Fernando Ramos

A torcida colorada ficou revoltada quando o então treinador Nelsinho Baptista deixou o comando técnico do clube para assumir o Corinthians. Para manter a mobilização do time, que brigava por uma vaga entre os oito que chegariam ao mata-mata do Brasileirão, a direção contratou o ídolo Don Elias Figueroa, zagueiro bicampeão brasileiro pelo Inter, autor do "gol iluminado" na final com o Cruzeiro em 1975.

Com o ídolo na casamata, Figueroa conquistou sete vitórias e dois empates em 13 jogos, o equivalente a 58,9% de aproveitamento. A classificação entre os oito só não veio porque o Inter levou 1 a 0 do Bragantino na última rodada. Uma vitória do Grêmio sobre o Goiás colocaria o time na fase seguinte, mas o arquirrival colorado foi derrotado em casa e festejou a eliminação colorada com os dizeres "eles estão fora" no placar eletrônico do Estádio Olímpico.

Hagi no Steaua Bucareste

Foto: Robert Ghement, AFP

Gheorghe Hagi é um dos maiores ídolos do futebol romeno. Principalmente da torcida do Steaua Bucareste, time pelo qual disputou 97 jogos e anotou 76 gols, que ajudaram a equipe a ganhar três títulos do Campeonato Romeno e três Copas da Romênia. Além disso, defendeu a seleção do país europeu nas Copas do Mundo de 1990, 1994 e 1998.

Em 2007, assumiu o comando do Steaua Bucareste, prometendo títulos e vaga na Liga dos Campeões. Só durou apenas três meses. Se dizendo "sufocado", Hagi pediu demissão do clube após uma sequência de maus resultados e desentendimentos com o proprietário do clube, George Becali.

— Não tenho palavras para descrever essa pressão. Estou muito desiludido e sinto-me como se tivesse sido torturado — disse o craque.

Cruyff no Barcelona

Foto: Cesar Rangel, AP

Um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, o ex-meia holandês Johan Cruyff teve uma passagem marcante vestindo a camisa do Barcelona. Com ele no comando, ele conquistou o Campeonato Espanhol de 1974 e a Copa do Rei de 1978. Em 1988, voltou ao Camp Nou como técnico.

Cruyff é um caso raro de ídolo que tem passagem ainda mais marcante como treinador. Afinal, ele revolucionou a maneira de jogar do time catalão, tornando a equipe mais ofensiva e criando o "time dos sonhos". Ficou por oito anos no clube catação, tendo conquistado quatros títulos consecutivos do Campeonato Espanhol (1991 a 1994) e a Copa dos Campeões de 1992.

Guardiola no Barcelona

Foto: Jose Jordan, AFP

Sob o comando de Cruyff, surgiu no Barcelona o volante Josep Guardiola. Presente nas grandes conquistas do "time dos sonhos" quando jogador, Pep virou técnico e chegou para o lugar de Frank Rijkaard e se tornou um dos treinadores mais vencedores da história do futebol Mundial, tendo conquistado em 2009 o "triplete" — Campeonato Espanhol, Copa do Rei da Espanha e Liga dos Campeões, além do Mundial de Clubes.

Renato no Grêmio

Foto: Tatiana Lopes

O Inter tem no arquirrival Grêmio o exemplo mais próximo de um ídolo que assumiu o comando técnico do time. Figura odiada pelos colorados, Renato Portaluppi foi o herói da conquista do Mundial de 1983, anotando dois gols. Depois de defender o Tricolor, ele foi para o futebol carioca, onde iniciou a carreira de treinador. Sempre que seu time ia ao Olímpico, o cenário era o mesmo: aplausos da torcida correspondidos com declarações de amor ao Tricolor.

Renato assumiu o comando técnico do Grêmio em um momento conturbado: enquanto seu time era ameaçado pelo fantasma do rebaixamento, o arquirrival Inter encaminhava o bicampeonato da América. Mas o treinador conseguiu mais que fugir da segunda divisão: classificou a equipe para a competição continental e já está nas oitavas de final.

>>> Ideias de Falcão: menos volantes, mais posse de bola e companhia a Damião
>>> "O Falcão é um grande nome", diz o presidente Luigi
>>> Oposição planejava contratar Falcão
>>> Confira como foi o último dia de Celso Roth no Inter
>>> GRÁFICO: como foi a última passagem de Roth pelo Inter
>>> VÍDEO: Jornalistas debatem a queda de Celso Roth no Inter

CLICESPORTES
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.