O técnico Jorginho não disfarçou a frustração com o trágico acontecimento da última quinta-feira, quando um ex-aluno invadiu uma escola no Rio de Janeiro e matou 12 crianças. Nascido no estado fluminense, o comandante alvinegro deixou o futebol um pouco de lado para lamentar o ocorrido:

— Como carioca e alguém que trabalha na área de educação, com programas sociais, é uma tristeza muito grande. Não tem justificativa, não tem como uma pessoa colocar o nome de Deus para explicar porque matou alguém. NInguém tem o direito de tirar a vida de outra pessoa. Falei com minha esposa e está todo mundo chocado no Rio de Janeiro.

Criticado durante a Copa do Mundo 2010 — e também quando assumiu o Figueirense — pela religiosidade, o treinador citou a pressão que sofre com relação a esse assunto:

— As pessoas pegam no meu pé por isso, mas eu não sou de encher o saco de ninguém com religião. Creio em Deus, mas não quero empurrar isso goela abaixo de ninguém. Mas a esse rapaz faltou amor no coração — declarou, antes de completar:

— O Brasil tem falta de amor, a começar pelos governantes, pelas falcatruas, pela falta de seriedade das pessoas. Aquele torcedor que fica atrás de mim no Orlando Scarpelli, se o cara tem uma arma ele é capaz de me matar, de tão fora de si que fica. Falta esse amor ao próximo nas pessoas.