De origem humilde, Leandro Damião, 21 anos, pouco a pouco foi cavando espaço no Inter, desde sua chegada ao Beia-Rio em 2009. O crescimento do jogador foi tão expressivo, e num curtíssimo período, que o próprio atleta confessa não ter "percebido". Convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira, o jogador só viu a ficha cair no momento do Hino Nacional, quando estava no gramado do Emirates Stadium, em Londres, para o amistoso contra a Escócia, realizado neste domingo. 

— Na hora em que começou a tocar o hino, olhei para os lados e pensei: "será que é verdade isso?". De pouco a pouco, fui indo. Não percebi meu crescimento — contou Damião, em entrevista coletiva nesta segunda-feira, no Beira-Rio.

O centroavante colorado admitiu que ficou triste em não marcar gol pela Seleção. No entanto, avaliou como positiva a sua participação. Com personalidade, Damião buscou o jogo, apresentou-se aos companheiros e teve pelo menos duas belas chances em cabeceios que passaram raspando o poste escocês. No final, a Seleção venceu por 2 a 0, com dois gols de Neymar.

— Momentaneamente, fiquei triste de não ter marcado gol, sabendo que tive oportunidade. Briguei o máximo possível. Depois, relaxei e percebi que tive uma participação boa. Me senti em casa, como me sinto no Inter — relatou.

Damião garante que foi bem recebido na Seleção. Recebeu o apoio de jogadores experientes, como Lúcio e Maicon. E, no vestiário, também trocou breves palavras com Ronaldo, que até fez uma brincadeira: 

— O Ronaldo tinha ido no vestiário nos cumprimentar. É um ídolo. Ele olhou pra mim e disse: Está com a 9, hein?

Mantendo a costumeira humildade, Damião ainda não se considera no mesmo patamar dos outros selecionáveis. 

— Foi uma grande experiência, emocionante também. Fazer os treinamentos com eles é uma grande dimensão. Vou trabalhar para tentar chegar ao patamar deles — opina.