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 | 27/03/2011 17h21min

Brasil condena racismo após incidente da banana durante amistoso

Porta-voz de torcida organizada escocesa confirma hostilidade, mas nega atitutes racistas contra Neymar

Os integrantes da seleção brasileira de futebol expressaram seu repúdio a qualquer ato racista no futebol, depois da vitória de 2 a 0 neste domingo em um amistoso contra a Escócia em Londres, que foi interrompido para que o volante Lucas retirasse do campo uma casca de banana jogada da arquibancada.

Muitos jogadores admitiram não ter visto o incidente na hora, mas foram unânimes ao lamentar que este tipo de agressão continue acontecendo nos estádios para ofender jogadores negros. Lucas, que joga no Liverpool, denunciou publicamente o racismo ao deixar o gramado, nos últimos minutos do segundo tempo.

— O racismo não pode ter espaço no mundo em que vivemos hoje. E é na Europa, que diz ser o primeiro mundo, onde essas coisas mais acontecem. Na verdade, a cor e a raça não querem dizer nada. Só queremos que haja respeito — declarou.

O atacante Neymar, protagonista absoluto da partida e vaiado pela torcida escocesa, foi o alvo da casca de banana. Entretanto, preferiu não falar muito sobre o incidente para "não dar a importância" a quem o fez.

— Temos que condenar qualquer ato racista, sempre. Mas não quero falar mais para não dar a importância a quem fez isso — disse à imprensa, antes de deixar o Emirates Stadium de Londres.

O goleiro Julio Cesar, veterano da seleção, também falou sobre a casca de banana, mas admitiu não ter visto quando foi jogada no gramado.

— Não vi nada de onde eu estava, eu estava muito longe. A única coisa que eu posso dizer é que qualquer ato racista é lamentável — afirmou.

Sobre o jogo, Julio declarou-se satisfeito com a atuação do time e com o resultado deste domingo.

Na entrevista coletiva depois do jogo, tanto Mano Menezes, técnico da seleção brasileira, quanto Craig Levein, técnico da seleção escocesa, disseram não ter visto o que aconteceu.

— Eu não vi. Se ocorreu, é lamentável — afirmou Mano.

Sobre a expressão de racismo contra os brasileiros, um porta-voz do Tartan Army, torcida organizada escocesa, indicou que o motivo da atitude especialmente hostil em relação a Neymar foi o que os torcedores consideraram haver um "exagero" de sua parte nas faltas que recebia da defesa.

— Racismo não tem lugar no Tartan Army, e se existe deve ser erradicado automaticamente, porque nós vigiamos a nós mesmos —firmou amish Husband, representante da torcida.

 
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