Destaque da Chapecoense, líder do returno e do Catarinense, o meia-atacante Cléverson nem sempre esteve em paz com a torcida. Ele chegou a ser vaiado no jogo contra o Brusque, pelo primeiro turno.

Depois, acertou “o pé” e fez dois gols nos dois últimos jogos, contra Imbituba e Metropolitano.

— Não é que eu não tinha jeito, é que a bola não entrava — explica Cléverson, que, na fase ruim, mandava bolas na trave, mas não marcava.

Contra o Imbituba, além de marcar um gol, ele sofreu o pênalti desperdiçado por Aloísio, com quem, garante, tem uma aposta.

— Cada passe de gol ou pênalti, ele me paga um jantar — revela.

Segundo as contas dele, já são cinco apostas vencidas, pois sofreu pênaltis contra Imbituba e contra o Figueirense, e deu passes para os gols contra Criciúma, Avaí e Imbituba.

Nascido em Cachoeira do Sul (RS), o atleta de 27 anos tem como característica dar assistências, mas também gosta de balançar as redes. Um dos gols que ele não esquece, considerado o mais bonito, foi marcado no empate por 2 a 2 contra a Ponte Preta, em 2009, quando jogava pelo Guarani.

— Foi um chute do meio-campo.

Campeão paranaense em 2005, pelo Atlético-PR, e campeão cearense em 2007, pelo Fortaleza, Cléverson defendeu o Noroeste em 2010, e ajudou o time a conquistar o acesso à elite do Campeonato Paulista.

Neste ano, ele aceitou o convite de jogar na Chapecoense, pois ouviu falar bem do clube e sabia que iria brigar por título.

— Larguei um Paulistão porque acreditei no projeto da Chapecoense — explica o jogador camisa 10.

Cléverson considera o jogo de amanhã, contra o Joinville, importantíssimo para o time encaminhar a classificação. O técnico Mauro Ovelha calcula que três vitórias em cinco jogos são suficientes para terminar em primeiro lugar no returno.

Para isso conta com a boa fase de Cléverson, que tem mostrado muita técnica e habilidade. E com os gols de Aloísio, para seguir na aposta.