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Esportes  | 20/03/2011 16h37min

Contrato impede numeração fixa na camisa do Inter

Segundo a direção, clube perderia dinheiro adotando a medida

Tomás Hammes  |  tomas.rodrigues@rbsonline.com.br

Ainda vai demorar para o Inter usar numeração fixa nas camisetas. A razão disso está ligada a cláusulas contratuais. Assim, o clube só poderá adotar esta medida quando terminar o contrato com a Reebok, fornecedora de material esportivo, em 2012, e acertar um novo acordo com a empresa ou uma outra companhia.
 
Entre os argumentos utilizados por alguns torcedores para reivindicar a adoção é que a numeração fixa proporciona maior identificação do atleta com a torcida, além de aumentar a venda, pois os fãs iriam atrás da camisa do atleta preferido. É o que diz a descrição da comunidade "Numeração Fixa no Inter" que existe no site de relacionamentos Orkut.
 
O Inter, segundo o diretor executivo de marketing do clube Jorge Avancini, perderia dinheiro com a adoção da numeração fixa nos moldes do contrato atual. Por isso, tirando as competições em que  a utilização é obrigatória, como Libertadores e Recopa, o clube manterá a tradicional, de 1 a 11:
 
– O nosso contrato, quando foi realizado com a Reebok, se divide em duas questões: em parcelas financeiras e em recebimento de material esportivo. Para adotarmos a numeração fixa, perderemos dinheiro. Precisaríamos aumentar a cota de material, diminuindo a receita.

Embora não utilize a numeração fixa, alguns atletas, como Guiñazu (5), Bolívar (2), Índio (3), Tinga (7) e D'Alessandro (10) têm o número definido. Entretanto, quando não atuam, um companheiro usa a camisa com estes números.
 
Os clubes europeus, o argentino Boca Juniors e os brasileiros São Paulo e Palmeiras já adotam a prática há algum tempo. No início deste ano, o Grêmio implementou a numeração fixa.
 
Mesmo sem adotar a medida, o Inter comemora o sucesso de vendas das camisetas. Segundo Avancini, mais de 36 mil já foram vendidas desde o lançamento, dia 10 de fevereiro.
 
O Inter também já negocia desde 2006 camisas retrô. Alguns jogadores que escreveram o nome na história do clube, como Taffarel, Claudiomiro, Larry e  Manga já foram homenageados com esta iniciativa. Adriano Gabiru, autor do gol mais importante dos quase 102 anos, entretanto, não recebeu a honraria. A camisa 16 utilizada por ele no Mundial de 2006 nunca foi negociada pelo Inter. E, conforme o dirigente, ainda não é o momento de ser oferecida. Para Avancini, ainda não há uma solicitação forte do torcedor:
 
 – Há outras prioridades. A camisa não teve um retorno de vendas como a gente esperava. Eu acredito que hoje não tenha demanda. As camisas de Claudiomiro, Manga e Larry são as mais procuradas.
 

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