Nas últimas duas temporadas a Chapecoense vem tendo mais sorte do que juízo. Ano passado, foi rebaixada em campo e ficou na elite graças à desistência do Atlético, de Ibirama. Na Série C, passou para a segunda fase graças a um empate por 0 a 0 entre Caxias e Brasil, de Pelotas. No Catarinense deste ano, empatou com o Imbituba em casa, no domingo, mas manteve a liderança graça ao gol de empate do Brusque contra o Figueirense, quarta-feira, aos 48 minutos do segundo tempo.

— Eu acompanhei o jogo até os 45 minutos e aí achei que não dava mais — disse o meia Cléverson, que reconheceu ter secado o Alvinegro.

Ele só comemorou  minutos após o final do jogo, quando foi conferir o resultado na internet. Ajudou a aliviar a pressão que havia sobre o time após perder dois pontos em casa. Para Cléverson, a manutenção da liderança dá mais motivação para jogar contra o Metropolitano, domingo.

— Agora temos que fazer nossa parte para mantermos a liderança — projetou.

O técnico Mauro Ovelha não deu o braço a torcer. Nem sob tortura ele confessou que secou o Figueira. O máximo foi reconhecer que o resultado foi bom para o time do Oeste.

De acordo com o técnico, o segredo para se manter na parte de cima da tabela é somar pontos em todas as rodadas. Para isso ontem ele treinou a defesa para afastar lançamentos em cobranças de falta, o que originou o segundo gol do Imbituba. Mas, além do trabalho, sempre é bom contar também com um pouco de sorte, como reconhece o volante Marcos Alexandre.

— Tem dado tudo certo para nós, acho que este ano vai dar — disse o esperançoso jogador, que ainda não tem nenhum título.